Segundo o Evangelho, na iminência de Seu martírio, Jesus dirigiu-Se ao Getsêmani com os discípulos. Acompanhado de três deles, afastou-Se um pouco para orar. Declarou-Se triste, pediu que vigiassem com Ele e orou.
Absolutamente tudo o que Jesus fez durante Sua jornada terrena é pleno de significados.
Ele é o Modelo e Guia dado por Deus à Humanidade. Forte como nenhum homem jamais o foi, por Suas virtudes, mas ainda assim sujeito às intempéries da vida terrena. Em face do grande testemunho que se avizinhava, esse Homem Superior lançou mão de duas providências.
Primeiro, cercou-Se de Seus amigos queridos e partilhou com eles Suas angústias. Segundo, entrou em contato com a Divindade por meio da oração. No mundo, o homem está sempre às voltas com testemunhos. Em sua fragilidade, a cada instante é colocado à prova. Diferente de Jesus, pleno de pureza, bondade e sabedoria, o homem comum está sujeito às tentações e às dúvidas. Frequentemente se indaga a respeito de qual o melhor caminho a seguir. Hesita, sente-se fraco e teme não conseguir vencer as provações.
Mesmo quando decidido, às vezes fraqueja ao colocar em prática suas boas resoluções. Essencialmente frágil, o ser humano não se debate apenas com dificuldades pontuais. Diariamente, ele corre o risco de cometer pequenos e desnecessários equívocos. Não se trata de pintar um quadro desanimador, mas de ser realista.
O bem é sempre possível e ele invariavelmente ilumina e pacifica. Apenas, por vezes, as tentações do mundo se apresentam bastante sedutoras.
Nesse contexto, convém recordar o sábio exemplo de Jesus.
Em Sua grandeza, Ele não abdicou de dois sublimes recursos: a oração e a amizade. A oração coloca o homem em ligação com o Divino. Faculta que ele receba salutares inspirações e se fortifique.
O hábito de orar constitui um eficiente antídoto contra as loucuras do mundo. Mas, nessa busca do Alto, importa não esquecer os companheiros de jornada. As amizades sinceras aquecem o coração e reduzem as carências e fragilidades. É importante aprender a partilhar as próprias dificuldades e sonhos com algumas pessoas de confiança. Esse processo de narrar os conflitos íntimos a Deus e ao próximo faculta o autoconhecimento.
Se algo parecer muito vergonhoso para ser partilhado com um amigo querido, é porque jamais deve ser colocado em prática.
Assim, ante seus testemunhos diários, ligue-se a Deus e a seus amigos. Trata-se de uma valiosa estratégia para que vença a si mesmo e caminhe firme em direção ao alto.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 18.04.2011.
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