sábado, 20 de agosto de 2011

AO SERVIR


Casimiro Cunha       
Na sementeira do bem,
Nas linhas da compaixão,
Não te limites a dar
Remédio, agasalho e pão.
Ergue a mensagem fraterna
Da bondade e da esperança
E espalha primeiramente
As bênçãos da confiança.
Ajuda com discrição,
Não te comportes a esmo.
A chaga dos semelhantes
Podia estar em ti mesmo.
Recolhe a criança em sombra,
Relegada ao desalinho,
Qual se tivesse nos braços
O corpo do teu filhinho.
Escuta os velhos da estrada
Que, por tristes, sofrem mais,
Como se ouvisses pulsando
O coração de seus pais.
Junto a qualquer sofredor,
Em vez de lamentação,
Estende amor e alegria,
Que ele é sempre nosso irmão.
Todos somos uns dos outros,
Toda Terra é nosso lar.
Sê como o raio de sol
Que ajuda sem perguntar.
Não ampares reprovando...
Toda a malícia é cruel.
Socorro com reprimenda
É pão recheado a fel.
Semeia luz no teu campo...
Não durmas em teu arado...
Seguimos, perante Deus,
Todos juntos, lado a lado.
Se atendes à caridade,
Não te esqueças, cada dia,
Que é preciso servir sempre
Como Jesus serviria.
Do livro Correio Fraterno. Espíritos Diversos.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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