quinta-feira, 25 de agosto de 2011

EVANGELHO E VIDA




Sheilla

No mundo de hoje, há boa vida e há vida boa.

Boa vida é bem-estar.
Vida boa é estar bem.

Por isso, temos criaturas de boa vida e criaturas de vida boa.
As primeiras servem a si mesmas.
As segundas respiram no auxílio incessante aos outros.

A boa vida tem rastros de sombra.
A vida boa apresenta marcas de luz.

A desordem favorece a boa vida.
A ordem garante a vida boa.

Palavra enfeitada costuma escorar boa vida.
Bom exemplo assegura vida boa.

Preguiça mora na boa vida.
Trabalho brilha na vida boa.

Ignorância escurece a boa vida.
Educação ilumina a vida boa.

Egoísmo alimenta a boa vida.
Caridade enriquece a vida boa.

Indisciplina é objetivo da boa vida.
Disciplina é roteiro da vida boa.

Vejamos as lições do Evangelho.

Madalena, obsidiada, perdera-se nos encantos da boa vida, mas encontrou em nosso Divino Mestre a necessária orientação para vida boa.

Zaqueu, afortunado, apegara-se em demasia às posses efêmeras da boa vida, entretanto, ao contato de Nosso Senhor, aprendeu como situar os próprios bens na direção da vida boa.

Judas, os discípulo invigilante, procurando a boa vida, entregou-se à deserção, e sentindo extrema dificuldade para voltar à vida boa, foi colhido pela loucura.

Simão Pedro, o apóstolo receoso tentando conservar a boa vida, instintivamente, negou o Divino Amigo por três vezes numa só noite, entretanto, regressando, prudente, à vida boa, abraçou o sacrifício pela própria ascensão, desde o dia de Pentecostes.

Pilatos, o juiz dúbio, interessado em desfrutar boa vida, lavou as mãos quanto ao destino do Excelso Benfeitor, adquirindo o arrependimento e o remorso que o distanciaram da vida boa.

Todos os que crucificaram Jesus pretendiam guardar-se nas ilusões da boa vida, no entanto, o Senhor preferiu morrer na cruz da extrema renúncia para ensinar-nos o caminho da vida boa.

Como é fácil observar, nas estradas terrestres, há muita gente de boa vida e pouca gente de vida boa, porque a boa vida obscurece a alma e a vida boa mantém a consciência acordada para o desempenho das próprias obrigações.

Estejamos alertas quanto à posição que escolhemos, porquanto, pelo tipo de nossa experiência diária, sabemos com segurança em que espécie de vida seguimos nós.

Sheilla

(De “Comandos do Amor”, de Francisco Cândido Xavier)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

(-: , Olá, seja bem vindo, se o seu comentário for legal, e não trouxer conteúdo agressivo, ele será postado.