quinta-feira, 29 de setembro de 2011

OLVIDE E RECORDE



André Luiz
Olvide o pó e o vento.
Recorde que a luz do Sol e a pureza da água são gratuitos.

Olvide pessimismo e o mau agouro.
Recorde que a marcha do progresso é inexorável.

Olvide a palavra infeliz.
Recorde que você está sendo ouvido e observado.

Olvide a malquerença.
Recorde que o imperativo da fraternidade atinge a todos.

Olvide a indisposição.
Recorde que a disciplina mental é o primeiro remédio.

Olvide o próprio direito.
Recorde que o dever pessoal é intransferível.

Olvide  a censura.
Recorde que a harmonia e a cooperação constroem sempre mais.

Olvide a discussão intempestiva.
Recorde que o respeito ao semelhante é o alicerce da paz.

Olvide a vaidade intelectual.
Recorde o valor do procedimento correto em todas as circunstâncias.

Olvide  as vozes destrutivas.
Recorde que a extensão da seara do bem espera por nós.

Olvide a convenção nociva.
Recorde que a naturalidade suscita sempre a simpatia maior.

Olvide a lamentação.
Recorde que o minuto passa sem esperar por ninguém.

Triunfar é esquecer o lado menos bom da vida, lembrando o cumprimento das próprias obrigações que, em verdade, sustentam a nossa alegria incessante.

Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "O Espírito da Verdade" - EDIÇÃO FEB

VOCÊ ESTÁ SORRINDO


Ignotus

    A feira livre estava movimentada, na praça pública. Agitação, burburinho.
                - Repentinamente, uma senhora em trajes modestos exclama, lívida pelo susto:

     - Deus, meu! Fui roubada. A carteira de dinheiro, a carteira com o dinheiro da feira?!...
                Algumas pessoas se acercaram, escutam-na em narrativa sucinta, meneiam a cabeça, fingem auxiliá-la olhando em redor, e saem murmurando:
                - Essa molecada, essa molecada! Ninguém toma providência!... 
                Acerca-se um petiz de pouco menos de dez anos. É um moleque de rua. Olha aqui, examina ali, avança, recua...
                A senhora, muito atormentada, chorosa, desconfiada, fita o menino com enfado, desagradada e supõe-no ladrão.
                O garoto curva-se sobre o solo e grita:
                - Achei! Achei! Aqui está, senhora!... 
                - Graças a Deus, filho! O dinheiro é da patroa. Queria gratificá-lo.
                - Não, não precisa. A senhora já me gratificou: está sorrindo!... 
*
 Após o tormento sorria, agradecendo ao Senhor. Permita-se inundar pelo sol da alegria, mesmo quando as coisas não lhe pareçam melhores. Há sempre alguém, ao nosso lado, ajudando-nos, esperando por nós.

Psicografia de Divaldo Franco – Do Livro Espelho Da Alma

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A semente



Emmanuel

“E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer,
 mas o simples grão de trigo ou de outra qualquer semente.”
– Paulo. (I Coríntios, 15:37).

Nos serviços da natureza, a semente reveste-se, aos nossos olhos, do sagrado papel de sacerdotisa do Criador e da Vida.
Gloriosa herdeira do poder divino, coopera na evolução do mundo e transmite silenciosa e sublime lição, tocada de valores infinitos, à criatura.
Exemplifica sabiamente a necessidade dos pontos de partida, as requisições justas de trabalho, os lugares próprios, os tempos adequados.
Há homens inquietos e insaciados que ainda não conseguiram compreendê-la. Exigem as grandes obras de um dia para outro, impõem medidas tirânicas pela força das ordenações ou das armas ou pretendem trair as leis profundas da Natureza; aceleram os processos da ambição, estabelecem domínio transitório, alardeiam mentirosas conquistas, incham-se e caem, sem nenhuma edificação santificadora para si ou para outrem.
Não souberam aprender com a semente minúscula que lhes dá trigo ao pão de cada dia e lhes garante a vida, em todas as regiões de luta planetária.
Saber começar constitui serviço muito importante.
No esforço redentor, é indispensável que não se percam de vista as possibilidades pequeninas: um gesto, uma palestra, uma hora, uma frase pode representar sementes gloriosas para edificações imortais. Imprescindível, pois, jamais desprezá-las.
Emmanuel

Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Ed.: FEB.

FRACASSO E RESPONSABILIDADE


Joanna de Ângelis

                Muito cômodo atribuir-se o insucesso das realizações a outrem, transferindo responsabilidades.
                Incapaz de encarar o fracasso do verdadeiro ângulo pelo qual deve ser examinado, o homem que faliu acusa os outros e exculpa-se, anestesiando os centros do discernimento, mediante o que espera evadir-se do desastre.
                Há fatores de vária ordem que contribuem  poderosamente em todo e qualquer cometimento humano. O homem de ação, porém, graças aos seus valores intrínsecos reais, responderá sempre pela forma como conduz o programa que tem em mãos para executar. Assim, portanto, pelos resultados do empreendimento;
                Pessoas asseveram em face dos desequilíbrios que se permitem: “Não tinha outra alternativa. Fui induzido pelos maus amigos.”
                Outras criaturas afirmam após a queda: “Os Espíritos Infelizes ganharam a batalha, após a insistência e a perseguição que eu não mais aguentava”.
Diversos justificam a negligência, sob o amparo do desculpismo piegas e da desfaçatez indébita.

*
                Luta sem desfalecimento e perseverança no posto em qualquer circunstância são as honras que se reservam ao candidato interessado na redenção.
                                O vinho capitoso flui da uva esmagada.
                                O pão nutriente surge do trigo triturado.
                                A água purificada aparece após vencer o filtro sensível.
                                Os dons da vida se multiplicam mediante as contribuições poderosas da transformação, da renovação, do trabalho.
                Não te escuses dos dissabores e desditas, acusando o teu irmão. Mesmo que ele haja contribuído para a tua ruína, és o responsável. Porque agiste de boa-fé com leviandade, ou tutelado pela invigilância, não te deves acreditar inocente.
                Cada um sintoniza com o que lhe apraz e afina.
                O Evangelho na sua beleza e candidez de linguagem, registra e nos recorda a incisa e concisa lição do Mestre: “Sede mansos como as pombas e prudentes como as serpentes.”
                Sem que estejas em posição belicosa, colocado em situação contrária, abre a alma ao amor para com todos, porém vigia “o coração porque dele procedem as nascentes da vida”.
                Diante de qualquer fracasso, refaze as forças, assume responsabilidades e tenta outra vez. Quiçá seja esse o feliz instante de acertares logrando êxito.

Psicografia de Divaldo Franco – Do Livro Leis Morais da Vida

domingo, 25 de setembro de 2011

Presença do Codificador


REVISTA ESPÍRITA
Jornal de Estudos Psicológicos
Allan Kardec
1867

Dissertações Espíritas
AS TRÊS CAUSAS PRINCIPAIS DAS DOENÇAS
(Paris, 25 de outubro de 1866 – Médium: Sr. Desliens)

O que é o homem?... Um composto de três princípios essenciais: o Espírito, o perispírito e o corpo. A ausência de qualquer um destes três princípios levaria necessariamente ao aniquilamento do ser no estado humano. Se o corpo não mais existir, haverá o Espírito e não mais o homem; se o perispírito faltar ou não puder funcionar, não podendo o imaterial agir diretamente sobre a matéria e, desse modo, achando-se na impossibilidade de manifestar-se, poderá haver alguma coisa no gênero do cretino ou do idiota, mas jamais haverá um ser inteligente. Enfim, se o Espírito faltar, ter-se-á um feto vivendo a vida animal, e não um Espírito encarnado. Se, pois, temos três princípios frente a frente, esses três princípios devem reagir um sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles harmonia perfeita ou discordância parcial.
Se a doença ou a desordem orgânica, como se queira chamar, procede do corpo, os medicamentos materiais, sabiamente empregados, bastarão para restabelecer a harmonia geral.
Se a perturbação vier do perispírito, se for uma modificação do princípio fluídico que o compõe, que se ache
alterado, será preciso uma medicação em relação com a natureza do órgão perturbado, para que as funções possam retomar seu estado normal. Se a doença proceder do Espírito, não se poderá empregar, para a combater, outra coisa senão uma medicação espiritual.
Se, enfim, como é o caso mais geral e, pode-se mesmo dizer, o que se apresenta exclusivamente, se a doença procede do corpo, do perispírito e do Espírito, será preciso que a medicação combata ao mesmo tempo todas as causas da desordem por meios diversos, para obter a cura. Ora, que fazem geralmente os médicos? Cuidam
do corpo e o curam; mas curam a doença? Não. Por quê? Porque sendo o perispírito um princípio superior à matéria propriamente dita, poderá tornar-se a causa em relação a esta e, se for entravado, os órgãos materiais, que se acham em relação com ele, serão igualmente atingidos na sua vitalidade. Cuidando do corpo, destruireis o efeito; contudo, residindo a causa no perispírito, a doença voltará novamente quando os cuidados cessarem, até que se
perceba que é preciso dirigir alhures a atenção, tratando fluidicamente o princípio fluídico mórbido.
Se, enfim, a doença procede da mente, do Espírito, o perispírito e o corpo, postos sob sua dependência, serão entravados em suas funções, e nem será cuidando de um nem de outro que se fará desaparecer a causa.
Assim, não é vestindo a camisa de força num louco, ou lhe dando pílulas ou duchas, que se conseguirá restabelecer o seu estado normal; apenas acalmarão seus sentidos revoltados; acalmarão os seus acessos, mas não destruirão o germe senão combatendo por seus semelhantes, fazendo homeopatia espiritualmente e fluidicamente, dando ao doente, pela prece, uma dose infinitesimal de paciência, de calma e de resignação, conforme o caso, como lhe dão uma dose infinitesimal de brucina, de digitális ou de acônito.
Para destruir uma causa mórbida, deve-se combatê-la em seu terreno.

Dr. Morel Lavallée

Ao som de "Momento Espírita"

Divino Farol

sábado, 24 de setembro de 2011

SIMPLICIDADE


                   
André Luiz

         Era ele tão simples que nasceu sem a proteção das paredes domésticas.
         Não encontrou senão alguns homens iletrados e rudes que lhe apoiaram o trabalho na construção da obra imensa.
         Ensinava a revelação do Céu, nas praias e nos campos, quando não estivesse em casas e barcos emprestados.
         Conversou com mulheres anônimas e algumas crianças esquecidas.
         Todos os infelizes se lhe fizeram a grande família.
         Valorizava a amizade, com tal devotamente, que chorou por um amigo morto.
         Alimentou os que tinham fome.
         Restaurou os doentes e defendeu todos aqueles que se vissem humilhados pela injustiça.
         Aconselhou o respeito para com as autoridades do mundo e a obediência perante as leis de Deus.
         Pregou sempre o amor e a concórdia, a solidariedade e o perdão, a paciência e a alegria.
         Mas, porque se abstivesse de partilhar o carro das vantagens terrestres, foi conduzido à cruz e a morte dele passou como sendo a de um malfeitor.
         Entretanto, desde o extremo sacrifício, transformou-se no símbolo de paz e renovação para o mundo inteiro.
         Esse herói da simplicidade tem o nome de Jesus Cristo.
         Seu poder cresce com os séculos e a sua mensagem, ainda hoje quanto sempre, é a esperança dos povos e a luz das nações.

 Extraído do livro Seara de Fé. Psicografia de Francisco Cândido Xavier


quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CONQUISTA




Onofre

Olhe a natureza como sofre para doar-se.
Sementes em solidão nas sombras do solo fazem o verde da terra...
- 0 –
Árvores entregam os próprios frutos à mão que os recolhe, às vezes, ingrata e irreverente...
- 0 –
Chão cavado a golpes ásperos fornece o pão da vida...
- 0 –
Óleo atormentado na candeia inflama-se em luz...
- 0 –
Fontes passam cantando sobre lodo e areia, a fim de dessedentarem o viajor...
- 0 –
Pedras escravas formam os alicerces da moradia terrestre...
- 0 –
Em toda parte, quis a Lei de Deus que o sofrimento garantisse a felicidade.
- 0 –
O próprio Cristo, o Divino Mensageiro, foi atado ao lenho para que nos aguardasse a todos, no monte, de braços abertos...
- 0 –
Abençoamos o trabalho e a provação, a dificuldade e o sacrifício no mundo que fazem das lágrimas estrelas para o caminho.
- 0 –
Tudo o que serve para o bem de todos será feito com a benção das alegrias renascentes do amor e renovadas na dor.

   
 Livro Temas da Vida - Psicografia Chico Xavier

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

LAR




                                      O lar – divino tesouro –
                                      Amor de Deus no caminho,
                                      é o céu em forma de ninho
                                      aberto à renovação.
                                     Seja de pedra ou de ouro,
                                     é sempre a santa oficina
                                      que nos ampara e ilumina,
                                      em busca da perfeição.

 Irene S. Pinto

                                      Espere aprender no mundo
                                      que espanca, fustiga e abrasa
                                      quem desistiu de aprender
                                      nas lições da própria casa.

Antonio Lima


                                      Onde a criança caminha
                                      sem o aconchego do lar,
                                      a vida por mais segura
                                      começa a degenerar.

Casimiro Cunha


                                      Anjo lindo, o teu olhar
                                      minha própria vida encerra...
                                      doce filho de min’alma,
                                      tesouro maior da Terra!...

Anália Franco


                                      Lar e Mãe – vida e sustento
                                      em luminosa fusão...
                                      Lar é Mãe no pensamento,
                                      Mãe é Lar no Coração.


Antonio Nobre


                                      No lar, beijaram-se; um dia,
                                      dois astros da Eterna Luz: -
                                      Jesus, Filho de Maria...
                                      Maria, mãe de Jesus...

Belmiro Braga


                                      Guia os anjos da calçada,
                                      Dor de criança perdida
                                      É como o pranto da vida
                                      Chorando desamparada.

Auta de Souza


                                      Por mais pobre, o lar é sempre
                                      o coração da alegria.
                                      Jesus nasceu sublimando
                                      o teto da estrebaria.

Meimei


                                      No lar, templo de amor na lide transitória,
                                      tornar de novo a ser terna e frágil criança,
                                      buscando no trabalho, ao fulgor da esperança,
                                      o trilho de ascensão à Suprema Vitória.


Amaral Ornellas


                                      Todo futuro começa
                                      no caminho e na promessa
                                      de doce Mãe a cantar...
                                      guarda o berço pequenino,
                                      que o berço é flor do destino
                                      no tronco de luz do lar.

João de Deus


Da Obra  “União Em Jesus” – Espíritos Diversos –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia Aydir.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A FUGA




"E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado.
" - Jesus.  (MATEUS, 24:20.)

         A permanência nos círculos mais baixos da natureza institui para a alma um segundo modo de ser, em que a viciação se faz obsidente e imperiosa.
 Para que alguém se retire de semelhantes charcos do espírito é imprescindível que fuja.
 Raramente, porém, a vitima conseguirá libertar-se, sem a disciplina de si mesma.
 Muita vez, é preciso violentar o próprio coração.
 Somente assim demandará novos planos.
 Justo, pois, recorrer à imagem do Mestre, quando se reportou ao Planeta em geral, salientando as necessidades do indivíduo.
 É conveniente a todo aprendiz a fuga proveitosa da região lodacenta da vida, enquanto não chega o "inverno" ou os derradeiros recursos de tempo, recebidos para o serviço humano.
 Cada homem possui, com a existência, uma série de estações e uma relação de dias, estruturadas em precioso cálculo de probabilidades.
 Razoável se torna que o trabalhador aproveite a primavera da mocidade, o verão das forças físicas e o outono da reflexão, para a grande viagem do inferior para o superior; entretanto, a maioria aguarda o inverno da velhice ou do sofrimento irremediável na Terra, quando o ensejo de trabalho está findo.
 As possibilidades para determinada experiência jazem esgotadas.
 Não é o fim da vida, mas o termo de preciosa concessão.
 E, naturalmente, o servidor descuidado, que deixou para sábado o trabalho que deveria executar na segunda-feira, será obrigado a recapitular a tarefa, sabe Deus quando!

Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Desânimo


Joanna de Ângelis


Tóxico imobilizador, o desânimo se insinua suavemente, dominando as  reservas da coragem e submetendo o combatente à sua ação perturbadora.
Instala-se, a pouco e pouco, inspirando pessimismo e mal-estar, que se agrava, qual invasor que conquista passo a passo os espaços abandonados à sua frente.
O desânimo é inimigo covarde que ceifa mais vidas do que o câncer, pelos resultados que logra na economia do comportamento humano.

*

Quando sintas a insinuação do desânimo, ciciando-te falsos motivos para que abandones a peleja, ou a postergues, ou a  desconsideres, tem cuidado.
Usa a razão e expulsa-o da casa mental.
Às vezes, se te apresenta na condição de mágoa defluente de qualquer incompreensão sofrida, e, noutras ocasiões, em forma de exaustão de forças, que deves superar, mediante mudança de atitude mental e de atividade física.
A marcha do tempo é inexorável.
De qualquer forma, as horas se sucedem. 
Utiliza-as de maneira condigna, mesmo que, a peso de sacrifícios.
Quando transponhas a barreira da dificuldade, constatarás a vantagem de haver perseverado, descobrindote rico de paz, face aos tesouros de amor e realização que adquiriste.
Motivo algum deve servir de apoio para o desânimo.
Tudo, na vida, constitui convite para o avanço e a conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.

Psicografia de Divaldo Franco – Do Livro Episódios Diários

Presença do Codificador


REVISTA ESPÍRITA
Jornal de Estudos Psicológicos
Allan Kardec
1865

IMIGRAÇÃO DE ESPÍRITOS SUPERIORES NA TERRA
(Sociedade Espírita de Paris, 7 de outubro de 1864 – Médium: Sr. Delanne)

Nesta noite vos falarei das imigrações de Espíritos adiantados que vêm encarnar-se em vossa Terra. Esses novos mensageiros já tomaram o cajado do peregrino; já se espalham aos milhares em vosso globo; por toda parte estão dispostos em grupo e em séries, pelos Espíritos que dirigem o movimento de transformação. A Terra já se agita ao sentir em seu seio aqueles que outrora ela viu passar através de sua Humanidade nascente. Ela se regozija em os rever, porque pressente que vêm para conduzi-la à perfeição, tornando-se guias dos Espíritos ordinários, que precisam ser encorajados por bons exemplos.
Sim, grandes mensageiros estão entre vós; são eles que se tornarão os sustentáculos da geração futura. À medida que o Espiritismo cresce e se desenvolve, Espíritos de ordem cada vez mais elevada virão sustentar a obra, em razão das necessidades da causa. Deus espalhou suportes para a doutrina; eles surgirão no tempo e no lugar. Assim, sabei esperar com firmeza e confiança; tudo o que foi predito acontecerá, como diz o livro santo, até um iota.
Se a transformação atual, como acaba de dizer o mestre, levantou as paixões e fez surgir a escória dos Espíritos encarnados e desencarnados, também despertou o desejo ardente numa multidão de Espíritos de posição superior nos mundos dos turbilhões solares, de virem novamente servir aos desígnios de Deus para esse grande acontecimento.
Eis por que eu dizia há pouco que a imigração dos Espíritos superiores se operava em vossa Terra para ativar a marcha ascendente de vossa Humanidade. Assim, redobrai de coragem, de zelo, de fervor pela causa sagrada. Ficai sabendo que nada deterá a marcha progressiva do Espiritismo, porquanto poderosos protetores continuarão vossa obra.

Mesmer