terça-feira, 27 de setembro de 2011

FRACASSO E RESPONSABILIDADE


Joanna de Ângelis

                Muito cômodo atribuir-se o insucesso das realizações a outrem, transferindo responsabilidades.
                Incapaz de encarar o fracasso do verdadeiro ângulo pelo qual deve ser examinado, o homem que faliu acusa os outros e exculpa-se, anestesiando os centros do discernimento, mediante o que espera evadir-se do desastre.
                Há fatores de vária ordem que contribuem  poderosamente em todo e qualquer cometimento humano. O homem de ação, porém, graças aos seus valores intrínsecos reais, responderá sempre pela forma como conduz o programa que tem em mãos para executar. Assim, portanto, pelos resultados do empreendimento;
                Pessoas asseveram em face dos desequilíbrios que se permitem: “Não tinha outra alternativa. Fui induzido pelos maus amigos.”
                Outras criaturas afirmam após a queda: “Os Espíritos Infelizes ganharam a batalha, após a insistência e a perseguição que eu não mais aguentava”.
Diversos justificam a negligência, sob o amparo do desculpismo piegas e da desfaçatez indébita.

*
                Luta sem desfalecimento e perseverança no posto em qualquer circunstância são as honras que se reservam ao candidato interessado na redenção.
                                O vinho capitoso flui da uva esmagada.
                                O pão nutriente surge do trigo triturado.
                                A água purificada aparece após vencer o filtro sensível.
                                Os dons da vida se multiplicam mediante as contribuições poderosas da transformação, da renovação, do trabalho.
                Não te escuses dos dissabores e desditas, acusando o teu irmão. Mesmo que ele haja contribuído para a tua ruína, és o responsável. Porque agiste de boa-fé com leviandade, ou tutelado pela invigilância, não te deves acreditar inocente.
                Cada um sintoniza com o que lhe apraz e afina.
                O Evangelho na sua beleza e candidez de linguagem, registra e nos recorda a incisa e concisa lição do Mestre: “Sede mansos como as pombas e prudentes como as serpentes.”
                Sem que estejas em posição belicosa, colocado em situação contrária, abre a alma ao amor para com todos, porém vigia “o coração porque dele procedem as nascentes da vida”.
                Diante de qualquer fracasso, refaze as forças, assume responsabilidades e tenta outra vez. Quiçá seja esse o feliz instante de acertares logrando êxito.

Psicografia de Divaldo Franco – Do Livro Leis Morais da Vida

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