Joanna
de Ângelis
Tóxico imobilizador, o desânimo se insinua
suavemente, dominando as reservas da
coragem e submetendo o combatente à sua ação perturbadora.
Instala-se, a pouco e pouco, inspirando pessimismo e
mal-estar, que se agrava, qual invasor que conquista passo a passo os espaços
abandonados à sua frente.
O desânimo é inimigo covarde que ceifa mais vidas do
que o câncer, pelos resultados que logra na economia do comportamento humano.
*
Quando sintas a insinuação do desânimo, ciciando-te
falsos motivos para que abandones a peleja, ou a postergues, ou a desconsideres, tem cuidado.
Usa a razão e expulsa-o da casa mental.
Às vezes, se te apresenta na condição de mágoa
defluente de qualquer incompreensão sofrida, e, noutras ocasiões, em forma de
exaustão de forças, que deves superar, mediante mudança de atitude mental e de
atividade física.
A marcha do tempo é inexorável.
De qualquer forma, as horas se sucedem.
Utiliza-as de maneira condigna, mesmo que, a peso de
sacrifícios.
Quando transponhas a barreira da dificuldade,
constatarás a vantagem de haver perseverado, descobrindote rico de paz, face
aos tesouros de amor e realização que adquiriste.
Motivo algum deve servir de apoio para o desânimo.
Tudo, na vida, constitui convite para o avanço e a
conquista de valores, na harmonia e na glória do bem.
Psicografia
de Divaldo Franco – Do Livro Episódios Diários
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