Ignotus
A feira livre estava movimentada,
na praça pública. Agitação, burburinho.
- Repentinamente, uma senhora em
trajes modestos exclama, lívida pelo susto:
- Deus, meu! Fui roubada. A
carteira de dinheiro, a carteira com o dinheiro da feira?!...
Algumas pessoas se acercaram,
escutam-na em narrativa sucinta, meneiam a cabeça, fingem auxiliá-la olhando em
redor, e saem murmurando:
- Essa molecada, essa molecada!
Ninguém toma providência!...
Acerca-se um petiz de pouco menos
de dez anos. É um moleque de rua. Olha aqui, examina ali, avança, recua...
A senhora, muito atormentada,
chorosa, desconfiada, fita o menino com enfado, desagradada e supõe-no ladrão.
O garoto curva-se sobre o solo e
grita:
- Achei! Achei! Aqui está,
senhora!...
- Graças a Deus, filho! O
dinheiro é da patroa. Queria gratificá-lo.
- Não, não precisa. A senhora já
me gratificou: está sorrindo!...
*
Após o tormento sorria, agradecendo ao Senhor.
Permita-se inundar pelo sol da alegria, mesmo quando as coisas não lhe pareçam
melhores. Há sempre alguém, ao nosso lado, ajudando-nos, esperando por nós.
Psicografia de Divaldo Franco – Do Livro Espelho Da Alma
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