segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Vivência cristã

Tema da semana: “O homem no mundo” de 12 a 18 de dezembro de 2011.

Joanna de Ângelis


                A pretexto de preservar uma vida cristã, normal, consentânea à atualidade, necessário proceder a exame acurado do comportamento, de modo a melhor aplicar as diretrizes evangélicas imprescindíveis à felicidade. Ninguém advogaria hoje a fuga espetacular à responsabilidade sob a justificativa de servir o Cristo. Improcedente, também, a tentativa de conseguir o aprimoramento espiritual sob a coerção do cilício e a maceração do corpo, esse valioso instrumento que o Senhor concede para a dádiva da evolução.
                Todavia, a acomodação hodierna  aos hábitos da ociosidade em que muitos se comprazem; o  gozo indiscriminado decorrente dos favores da leviandade generalizada; o comportamento dúbio a que muitos se entregam; a religiosidade no Templo e o desequilíbrio nas atividades comerciais  como na convivência social, sem dúvida são incompatíveis com a ética do Cristo, que ora os Espíritos classificam, em vigoroso chamamento para a restauração do amor e da paz na Terra, sob as rutilâncias clarificadoras da Caridade.
                Desde que não se faz justo deixar caídos o criminoso e o revel, vencidos pelo desconserto  íntimo, não é lícito, igualmente, concordar com eles em nome do impositivo da tolerância. Adaptar, por espírito acomodatício, o rigor evangélico aos que se comprazem na ilusão e nos agravos de toda ordem, representa sustentar o crime e estimular a ignorância que se multiplicam infausto-samente. Desde que não se torna mister uma atitude de inimizade para com os maus e infelizes, -  por incompatível  com as leis do amor - não se justificaria, em nome da fraternidade legítima, um comércio de vulgaridade que fomentaria o desdobrar dos instintos agressivos daqueles que se agradam em atitudes perniciosas.
                Em todas as épocas, a vida cristã tem representado expressivo desafio aos que amam a verdade. Somente os que se conseguem impregnar do espírito  do Cristo lobrigam as vitórias legítimas sobre si mesmos, com o fruir dos decorrentes resultados da felicidade geral que a todos propiciam. Não são estes melhores, nem piores dias, para os que pretendem exercitar elevação interior, vivência cristã. Necessariamente  cientificado da imortalidade e assegurado da continuidade da vida espiritual, conforme o comportamento sustentado na Terra e  os pensamentos vitalizados, enquanto na carne, inseridos nas comunicações dos Espíritos, o cristão-espírita dispõe dos mais vigorosos recursos para o triunfo, vivendo com os homens, como criatura humana que é, não preservando nem usando artimanhas negativas, nem nefastas adaptações ao moderno contexto do pensamento em voga entre os homens, vulgarizando-se e se pervertendo, antes penetrando-se do amor e do bem conforme os viveu e nos ensinou o Excelso Mestre de todos nós.
Psicografia de Divaldo Franco – Do Livro Celeiro de Bênçãos

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