Tema da semana:
“Se alguém vos bater
na face direita, apresentai-lhe também a outra”.
De 20/02/2012 a
26/02/2012
Momento espírita
Você considera a vingança como um
ato de coragem ou de covardia?
Algumas pessoas acreditam que a
vingança é uma demonstração de grande coragem. Afinal de contas não se pode
tolerar uma afronta sem se rebaixar.
Pensam que a tolerância e a
indulgência seriam prova de fraqueza ou de covardia.
Todavia, temos de convir que o
ato de vingar-se jamais constitui prova de coragem.
Geralmente, quando buscamos
revidar uma ofensa o fazemos movidos pelo medo do agressor ou da opinião
pública.
Não importa que a nossa
consciência nos acuse de covardia ou indignidade, o que nos interessa é que a
sociedade não nos julgue assim.
O mesmo não ocorre com relação ao
ato de perdoar. O perdão, sim, exige do ofendido muita coragem e dignidade.
Enquanto a vingança é uma ladeira
fácil de descer, o perdão é uma ladeira difícil de subir.
Algumas pessoas costumam
enfrentar corajosamente os mais graves perigos, mas sentem-se impotentes para
tolerar uma pequena ofensa.
Escalam, com ousadia, altas
montanhas, saltam de pára-quedas desafiando as alturas, enfrentam animais
ferozes, aceitam os desafios do trânsito, navegam em mar revolto com bravura,
mas não conseguem suportar um mínimo golpe da injustiça.
Dão grande prova de coragem em
alguns pontos, mas não relevam a investida da ingratidão, da calúnia, do
cinismo, da falsidade, da infidelidade.
Realmente fortes são aqueles que
conseguem conter-se diante de uma agressão.
A verdadeira fortaleza está nas
almas que não se descontrolam quando são ofendidas.
Que não se impacientam quando são
incomodadas.
Que não se perturbam, quando são
incompreendidas.
Que não se queixam, quando são
prejudicadas.
Verdadeira coragem é aquela de
que o cristo nos deu o exemplo.
Ele sofreu a ingratidão daqueles
a quem havia ajudado, enfrentou o cinismo dos agressores, foi ultrajado,
caluniado, cuspiram-Lhe no rosto e O crucificaram, e Ele tomou uma única
atitude: a do perdão.
Por várias vezes, em sua passagem
pela terra, o Homem de Nazaré teve motivos de sobra para revidar ofensas, mas
sempre optou pela dignidade de calar-se.
Diante das agressões recebidas, o
Meigo Rabi da Galiléia passava lições grandiosas, como aconteceu com soldado
que O esbofeteou quando estava de mãos amarradas.
Sem perder a serenidade habitual,
o cristo olhou-o nos olhos e lhe perguntou: “se eu errei, aponta meu erro, mas
se não errei, por que me bates?”
Essa é a atitude de uma alma
verdadeiramente grande.
Pense nisso!
*
Se Jesus tivesse parado em meio à
caminhada do Gólgota, largado a cruz injusta do suplício, para se voltar contra
Seus agressores e exercer sobre eles o direito de vingança, certamente não
teria passado à posteridade como Modelo de perfeição e de amor.
Pense nisso!
Equipe de Redação do Momento Espírita.
Com base no cap. 15 do livro “Primado do Espírito”,
de Rubens Romanelli.
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