Tema da semana:
“O jugo leve”
de 26/03/2012 a 01/04/2012
Emmanuel
Observemos a
criatura que, em se julgando vaidosamente livre, se rendeu às sugestões
arrasadoras da cólera...
Mobilizando
a independência de que se crê detentora, para simplesmente abusar, espalha, em
torno da própria senda, raios sinistros de perturbação e de morte, criando para
si mesma causas obscuras de frustração e aniquilamento.
Se houver
ferido o companheiro de estrada, sem dúvida complicará o próprio roteiro,
disseminando aflição e amargura que se voltarão, fatalmente, sobre o ponto de
origem, infligindo lhe angústia e insegurança a se expressarem nos mais
estranhos processos de enfermidade.
Se houver
lacerado seres queridos, decerto terá formado no próprio templo doméstico
braseiros de incompreensão e discórdia a lhe incendiarem a alma, por longo tempo.
E, se houver
chegado, impensadamente, às raias do crime, condenar-se-á naturalmente à
enxovia, com que a justiça do mundo lhe ferreará o coração, segregando-a à
distância da liberdade.
No símbolo,
reconhecemos nossas velhas fadigas de espíritos milenários, enquistados na
treva de nossas próprias fraquezas.
Supondo-nos exonerados do dever de auxiliar e
compreender, amparar e servir, admitimos que o mundo deverá surgir como ribalta
de nossos próprios caprichos, acabando
humilhados e ensandecidos, sob as algemas cármicas do resgate que a vida nos
impões ainda, hoje, em dolorosos processos de sofrimento.
Entretanto,
se nos atemos ao jugo leve do Cristo, eis que todo o painel se reajusta e
renova, porque então, voluntariamente
submissos ao cumprimento de nossas obrigações, entenderemos por fim que, segundo Jesus, perder é ganhar e
escravizar-se alguém à felicidade dos outros é adquirir a própria libertação
para a Vida Eterna.
Psicografia Francisco Cândido Xavier Livro FÉ, PAZ E AMOR
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