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“MOTIVOS DE RESIGNAÇÃO”
de 19/03/2012 a 25/03/2012
Joanna de
Ângelis
O imediatismo dos interesses apaixonados confunde-a com demência ou tem-na em conta de deficiência de forças para poder investir violentamente
contra as circunstâncias.
Não falta quem se rebele contra os seus necessários impositivos.
Taxam-na de cobardia moral.
Creem-na ultrapassada, nos dias voluptuosos do tecnicismo moderno. Todavia, a resignação é bênção lenificadora, quando a vida responde em
dor e sombra, infortúnio e dificuldade aos apelos do homem.
Alternativa redentora, que
somente
os bravos
conseguem
impor, reforça os valores espirituais
para as lutas mais ingentes da inteligência
e do
sentimento.
Não
deflui
de uma atitude de
medo, porquanto isto
seria
receio injustificado ante as Leis Superiores, mas resulta de morigerada e lúcida
reflexão que favorece o perfeito entendimento das imposições evolutivas.
O conhecimento dos fatores causais dos sofrimentos premia o homem com a tranquila responsabilidade que assume, em relação aos gravames que
os
motivaram.
*
Quiçá a resignação
exija mais força dinâmica da coragem para submeter-
se,
do que requereria a reação rebelada da violência.
Entrementes, a atitude resignada não significa parasitismo nem desinteresse pela luta. Ao contrário, enseja fecundo labor ativo de reconstrução interior, fixação de propósitos salutares em programa eficaz de enobrecimento.
*
Ceder, agora, a fim de conseguir mais tarde.
Aguardar o momento
oportuno, de modo a favorecer-se
com
melhores resultados.
Reagir pela paciência e mediante a confiança imbatível em Deus, apesar
do
quanto conspire, aparentemente contra.
Crer sem desfalecimento, embora as aparências aziagas.
Porfiar no serviço edificante sem engendrar técnicas da astúcia
permissiva, quando tudo se apresenta em oposição.
Manter-se na alegria, não obstante
sofrendo
ou
incompreendido,
abandonado
ou
vencido, expressa os triunfos da resignação no homem consciente dos objetivos reais da existência na Terra.
*
O metal em altas temperaturas funde-se.
O rio caudaloso na planície espalha-se.
A semente no solo adubado transforma-se.
O cristão ativo na constrição do testemunho resigna-se.
A própria reencarnação é um ato de submissão, quanto a desencarnação, desde que ocorrem à mercê da vontade do aprendiz que se deve resignar às exigências superiores da evolução.
Resignação, por conseguinte, é conquistada da não-violência do espírito
que supera paixões e impulsos vis, a fim de edificar-se e triunfar sobre si
mesmo em consequência, sobre os fatores negativos que lhe obstaculizam o
avanço libertador.
Psicografia
de Divaldo Franco do Livro: Leis Morais da Vida
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