terça-feira, 13 de março de 2012

Jesus e Responsabilidade



TEMA DA SEMANA
 “DAR-SE-Á ÀQUELE QUE TEM” 
De 12/03/2012 a 18/03/2012

Joanna de Ângelis


                Há, no homem, latente, um forte mecanismo que o leva a fugir  da  responsabilidade,  transferindo  o  seu  insucesso  para  outrem, na condição de indivíduo social, ou para os fatores circunstanciais da sorte, do nascimento e até de Deus.
                Quando tal não se dá, na área das suas projeções comporta- mentais,  apega-se  ao  complexo  de  culpa,  mergulhando  nas  de- pressões em que oculta a infantilidade, pouco importando a idade orgânica em que transita.
                A responsabilidade resulta da consciência que discerne e compreende  a  razão  da  existência  humana,  sua  finalidade  e  suas metas,  trabalhando  por  assumir  o  papel  que  lhe  está  destinado pela vida.
                Graças  a  isso,  não  se  omite,  não  se  precipita,  estabelecendo um programa de ação tranquila, dentro do quadro de deveres que caracterizam  o  progresso  individual  e  coletivo,  visando  à  conquista da plenitude.
                O homem responsável sabe o que fazer, quando e como realizá-lo.
                Não se torna parasita social, nem se hospeda no triunfo alheio, tampouco oculta-se no desculpismo ridículo.
                A sua lucidez torna-o elemento precioso no grupo social onde se movimenta. Talvez não lhe notem a presença, face à segurança natural que proporciona; todavia, a sua falta sempre se faz percebida por motivos óbvios.
                A responsabilidade do homem leva-o aos extremos do sacrifício,  da  abnegação,  da  renúncia,  inclusive  do  bem-estar,  e  até mesmo da sua vida.
*
                Como  pastor  de  almas,  Jesus  fez-se nos  responsável,  elucidando-nos  a  respeito  dos  deveres,  das  necessidades  reais,  dos legítimos objetivos da nossa vida.
                Em  contrapartida,  doou-se nos  até  o  holocausto,  não  fosse  a Sua vida ao nosso lado, em si mesma, um grande e estoico sacrifício de amor.
                Não  obstante,  conclamava  a  todos  que  O  buscavam  para  o dever da responsabilidade, que os capacita para as realizações relevantes.
                Por conhecer a alma humana em sua realidade plena, identificava nela as nascentes de todos os males, como também a fonte generosa de todas as bênçãos.
                Porque  o  homem  ainda  prefere  a  manutenção  das  próprias mazelas, nelas se comprazendo, anestesia-se no infortúnio em que permanece com certo agrado, embora demonstre desconforto e infelicidade.
                Desse modo, sempre que acolhia àqueles que O buscavam, conhecendo-lhes  as  causas  dos  pesares,  após  atendê-los,  propunha-lhes com veemência que não retornassem aos erros, a fim de que lhes não acontecesse nada pior.
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                A  responsabilidade  liberta  o  indivíduo  de  si  mesmo,  alçando- o aos planos superiores da vida.
                Enquanto ele se movimenta cultivando o morbo das paixões selvagens,    desajusta    os    implementos    emocionais,    tornando-se vítima de si mesmo, facultando que se lhe instalem as doenças degenerativas e causticantes.
                A  renovação  moral  propicia  a  canalização  das  energias  saudáveis de forma favorável, preservando o ser para os cometimentos elevados a que se destina.
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                A  humanidade  sobrevive  graças  aos  seus  homens  responsáveis,  que  trabalham  continuamente  em  prol  do  bom,  do  belo,  do ideal.
                Eles  se  destacam  pela  grandeza  das  suas  realizações  cimenta- das no sacrifício pessoal.
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                À  mulher  surpreendida  em  adultério,  aos  portadores  do  mal de Hansen e aos obsediados, após a recuperação de cada um, a advertência de Jesus era sempre firmada na responsabilidade, para que,  em  entesourando  os  valores  éticos  e  os  deveres  espirituais, não se permitissem voltar aos erros.
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                Neste momento, quando necessitas dEle, reformula os teus conceitos  sobre  a  vida  e  passa  a  atuar  corretamente,  dominado pela   responsabilidade.   A   ninguém   transfiras   a   causa   dos   teus desaires, dos teus insucessos. Dá-te conta deles e recomeça a ação transformadora.
                Mesmo que não o queiras, serás sempre responsável pelos e- feitos dos teus atos.
                Colherás conforme semeares.
                Assume, portanto, o teu compromisso com o Mestre e permanecerás  saudável  interiormente,  prosseguindo  íntegro  nos  teus deveres com responsabilidade.
Psicografia de Divaldo Franco do Livro: Florações Evangélicas

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