Tema da semana:
“Bem e Mal Sofrer”
de 09/04/2012 a 15/04/2012
Bezerra de Menezes
Filhos, não agraveis
o próprio carma
com as vossas rações
intempestivas diante do sofrimento. Carregai, com resignação e coragem,
o fardo que vos pesa, não reagindo com desespero quando a prova que faceais
fuja ao vosso controle.
Ninguém pode evitar as conseqüências de se viver num mundo de acerbas
dificuldades espirituais, mas a vossa postura perante os acontecimentos que
naturalmente se desencadeiam pode, sem dúvida, minimizá-los em seus efeitos.
Anulai, com a vossa atitude de serenidade, o drástico das provações que,
com base no vosso descontrole emocional, podem se complicar por tempo indefinido,
exigindo de vós maior cota de lágrimas para que se equacionem.
Dentro da situação de relativo desconforto em que vos encontreis, refleti
que, em verdade, se a Lei Divina se vos aplicasse com todo o vigor, estaríeis,
por justiça, em quadros de padecimentos inimagináveis.
O problema cármico do homem, por ação da Infinita Misericórdia, está sempre
aquém de suas reais necessidades de reajuste.
Seja, assim, qual for o obstáculo que estejais enfrentando, em meio às surpresas
desagradáveis que vos acometem em vosso relacionamento uns com os outros,
predisponde-vos ao perdão e não enveredeis por caminhos que não vos conduzam à
compreensão e à plena aceitação dos reveses.
Sob os auspícios da fé, qualquer carma se atenua. A dor, dependendo da
opção que façais, tanto vos pode impulsionar o
espírito no rumo de incontida ascensão, quanto endereçá-lo às
profundezas abissais do infortúnio.
Filhos, tomai consciência de vossas limitações e submetei-vos à prova, sem, contudo,
valorizá-la em demasia. Na razão
de vossas possibilidades, esquecei-a nas
tarefas de amor aos
semelhantes, porque quem concede excessivo
tempo à dor sofre mais do que lhe impõe o próprio sofrimento.
As sementes do bem constituem-se em grãos de crescimento imediato, ocupando, em vossa lavoura íntima, a gleba onde,
até então, reinavam, soberanos,
apenas os acúleos do mal.
Do livro “A coragem da fé”. Psicografia de
Carlos Baccelli.
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