Tema Especial
“Ciência e
Espiritismo”
de 23/07/2012 a
29/07/2012
Emmanuel
O Espiritismo dispensa a
contribuição científica?
O Espiritismo não pode
prescindir de suas características científicas, analisando todos os
fenômenos da sua esfera de influenciação, dentro da razão e da
lógica das coisas.
Todavia, faz-se
necessário conhecer até onde poderemos criar com semelhantes
contribuições, porquanto, trazendo o homem percepções
sobremaneira restritas, há um domínio de conhecimento superior que
se conserva fechado à sua perquirição.
Portanto, cremos que é
preciso estabelecer um critério entre ciência e sabedoria. Jesus
nunca se afirmou como sendo a ciência, mas sim como verdade
salvadora do mundo. O que a primeira se constitui de uma série de
conhecimentos instáveis, porque humanos, caracterizando-se pelas
suas continuas transformações. As verdades da sabedoria, ao
contrário, não repousam na base fictícia dos sentidos e sim na Luz
Infinita, que promana do Espírito, em suas manifestações de
inteligência e de sentimentos superiores.
Necessitando, pois, da
cooperação da ciência, o corpo doutrinal do Espiritismo tem de
repousar na revelação divina da fé, na filosofia imortalista, na
sabedoria espiritual, enfim, único elemento apto a fornecer às
coletividades a pedra basilar do progresso e da regeneração, há
tanto tempo esperada.
Consideramos, desse modo,
que o espiritualismo, antes das ciências humanas, em si, que apenas
lhe podem servir de colaboradoras, deverá trabalhar no plano
superior da espiritualidade, elevando os caracteres, enobrecendo os
sentimentos e iluminando os corações.
Do livro “Coletâneas
do Além”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Espíritos
Diversos.
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