Tema da semana
“Sexualidade”
de 27/08/2012 a
02/09/2012
Joanna de Ângelis
Na sua globalidade, o
amor é sentimento vinculado ao Self enquanto que a busca do prazer
sexual está mais pertinente ao ego, responsável por todo tipo de
posse.
O sentimento de amor pode
levar a uma comunhão sexual, sem que isso lhe seja condição
imprescindível. No entanto, o prazer sexual pode ser conseguido pelo
impulso meramente instintivo, sem compromisso mais significativo com
a outra pessoa, que, normalmente se sente frustrada e usada.
Os profissionais do sexo,
porque perdem o componente essencial dos estímulos, em razão do
abuso de que se fazem portadores, derrapam nas explosões eróticas,
buscando recursos visuais que lhes estimulem a mente, a fim de que a
função possa responder de maneira positiva. Mecanicamente se
desincumbem da tarefa animal e violenta, tampouco satisfazendo-se,
porquanto acreditam que estão em tarefa de aliciamento de vidas para
o comércio extravagante e nefando da venda das sensações fortes, a
que se habituaram.
O amor, como componente
para a função sexual, é meigo e judicioso, começando pela carícia
do olhar que se enternece e vibra todo o corpo ante a expectativa da
comunhão renovadora.
Essa libido tormentosa,
veiculada pela mídia e exposta nas lojas em forma de artefatos,
torna-se aberração que passa para exigências da estroinice,
resvalando nos abismos de outros vícios que se lhe associam.
Quando o sexo se
apresenta exigente e tormentoso, o indivíduo recorre aos expedientes
emocionais da violência, da perseguição, da hediondez.
Os grandes carrascos da
Humanidade, até onde se os pode entender, eram portadores de
transtornos sexuais, que procuravam dissimular, transferindo-se para
situações de relevo político, social, guerreiro, tornando-se
temerários, porque sabiam da impossibilidade de serem amados.
Quando o amor domina as
paisagens do coração, mesmo existindo quaisquer dificuldades de
ordem sexual, faz-se possível superá-las, mediante a transformação
dos desejos e frustrações em solidariedade, em arte, em construção
do bem, que visam ao progresso das pessoas, assim como da comunidade,
tornando-se, portanto, irrelevantes tais questões.
O ser humano, embora
vinculado ao sexo pelo atavismo da reprodução, está fadado ao
amor, que tem mais vigor do que o simples intercurso genital.
Sem dúvida, por outro
lado, as grandes edificações de grandeza da humanidade tiveram no
sexo o seu elo de estímulo e de força. Não obstante, persegue-se o
sucesso, a glória efêmera, o poder para desfrutar dos prazeres que
o sexo proporciona, resvalando-se em equívoco lamentável e
perturbador.
O amor à arte e à
beleza igualmente inspirou Miguel Ângelo a pintar a capela Sistina,
dentre outras obras magistrais, a esculpir la Pietá e o Moisés; o
amor à ciência conduziu Pasteur à descoberta dos micróbios; o
amor à verdade levou Jesus à cruz, traçando uma rota de segurança
para as criaturas humanas de todos os tempos...
O amor é o doce enlevo
que embriaga de paz os seres e os promove aos píncaros da
autorrealização, estimulando o sexo dignificado, reprodutor e
calmante.
Sexo, em si mesmo, sem os
condimentos do amor é impulso violento e fugaz.
Psicografia de
Divaldo Franco do livro Amor Imbatível Amor
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TROVAS DE AMOR IMORTAL
Amor que nunca se olvida
Guarda sempre a mesma sorte:
Ligação de vida em vida,
Saudade de morte em morte.
Lívio Barreto
Da Obra “Trovas Do Outro
Mundo” Espíritos Diversos
Psicografia: Francisco
Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia Aydir.
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