Tema da semana
“Perdoai, para que
Deus vos perdoe”
de 06/08/2012 a
12/08/2012
Joanna de Ângelis
É
imperioso e mesmo urgente o impositivo do perdão incondicional, de
modo que a paz se estabeleça por definitivo na consciência humana.
Enquanto vicejam os
sentimentos de desforço, de animosidade, de rebeldia em relação a
pessoas ou a acontecimentos perturbadores, também permanecem os
distúrbios da emoção que afetam a saúde fisiológica e o
comportamento.
Por mais graves hajam
sido as ofensas e agressões sofridas, sempre mais infeliz é
aquele que aos demais perturba, mesmo que, conscientemente, não
tenha ideia da gravidade sobre a conduta infeliz.
Compreensivelmente,
aquele que é ofendido se crê no direito de justificar-se,
demonstrando o erro que o outro cometeu em relação à sua pessoa,
ou, pelo menos, reservar-se, permanecer a distância, mantendo o
ressentimento que decorre da injustiça de que se vê vítima.
Tal postura, no
entanto, somente lhe trará aborrecimentos e perturbações, porque
terminará por desequilibrá-lo.
Qualquer tipo de
ressentimento preservado transforma-se em morbo que afeta aquele que
o conduz, ao tempo em que vitaliza a ocorrência infeliz,
mantendo-a sempre presente na memória e na emoção.
Da mesma forma como se
torna difícil esquecer a ocorrência danosa, o que exige um grande
esforço da vontade, a sustentação da mágoa somente lhe piora
os efeitos no sistema emocional.
O
ódio, o ressentimento, o medo, o ciúme, o remorso afetam
poderosamente o organismo, embora a sua procedência emocional.
As altas cargas
vibratórias danosas que são atiradas pela mente no sistema nervoso
central irão afetar o aparelho circulatório com resultados
negativos para o respiratório, ao tempo em que as glândulas
endócrinas serão prejudicadas pelas energias captadas,
encaminhando-as ao sistema imunológico que se desestrutura.
Grande número de
enfermidades orgânicas e transtornos psicológicos procede dos
sentimentos atribulados.
Há pessoas que sabem
manipular palavras e situações com habilidade felina, quando
desejam prejudicar a outrem. São pusilânimes e insensíveis a
tal ponto que se fazem acreditadas, arquitetando planos danosos que
executam com naturalidade, comprazendo-se em infelicitar todo aquele
a quem não conseguem suplantar.
Quando se fazem inimigas
de alguém, são estimuladas na perversidade que lhes constitui os
sentimentos vis, mentindo e caluniando com naturalidade, de forma que
os objetivos que perseguem sejam alcançados.
Quase sempre preferem
inimizades a afetos, discussões infindáveis e perturbadoras a
conciliação e paz, urdindo intrigas em que se comprazem, quando
poderiam silenciar acusações indébitas e esforçar-se por manter
contatos saudáveis.
São enfermos graves da
alma que ignoram as doenças ou preferem continuar nesse estágio
ainda primário da evolução.
Qualquer tipo de
revide às suas agressões somente lhes constituirá estímulo
mórbido para que prossigam na infame conduta.
Perdoa
todos quantos te ofendem, sem manter qualquer tipo de ressentimento
em relação ao mal que pensaram fazer-te.
Se considerares a
agressão que te foi dirigida como sendo uma experiência de que
necessitavas para evoluir, permanecerás invulnerável às suas
sórdidas consequências. Todavia, se te permitires intoxicar
pelas vibrações que dela decorrem, ficarás vinculado
àquele que prefere afligir-te, ante a impossibilidade que sente
de amar-te.
Perdoa sempre, porque
os maus e infelizes, quando detestam e malsinam o seu próximo, não
sabem o que estão fazendo.
Volverão, hoje ou
mais tarde, pelos caminhos ora percorridos, recolhendo os cardos da
sua loucura e perversidade, que se lhes cravarão nas carnes
da alma, convidando-os ao ressarcimento.
O odiento perdeu o
endereço da vida e desgarrou-se da esperança, jornadeando sem rumo
e em desolação.
Aflige os demais porque
se encontra aturdido, e os seus momentos de infelicidade são
transformados em agressões que aparentemente o tranquilizam,
levando-o a esgares que são confundidos com sorrisos de vitória.
Não acreditando nos
valores morais que lhe são escassos, não respeita o próximo,
aquele que defronta em toda parte, tornando-se-lhe adversário
insano.
Estremunhado, em face dos
desajustes que experimenta, deseja nivelar todos os demais nos
patamares inferiores em que se detém.
Evitando esforçar-se
para evoluir, pensa que essa é a única atitude que pode tomar como
mecanismo de desforço contra a vida e as criaturas que constituem a
sociedade, que infelizmente antagoniza.
Deslocou-se do conjunto
social por inferioridade que se reconhece possuir, no entanto,
investe contra o grupo, projetando a imagem atormentada que pensa
irá inspirar pavor, porque é incapaz de entregar-se ao amor.
Torna-se
instrumento das Forças do Mal que o utilizam para dar campo ao
funesto plano de perseguição às criaturas humanas, gerando
lamentáveis processos de obsessão individual e coletiva.
Pessoas desse porte são
encontradas amiúde, em toda parte, desde o grupo familiar ao
social, na esfera das atividades profissionais como nos
labores da arte, da investigação científica, das
diversões, porque se encontram em estágio inferior da evolução.
Embora algumas apresentem-se bem vestidas, falando com entusiasmo
e correção de linguagem, sendo bem apessoadas, o que importa é o
seu mundo interior, são as suas aspirações e ânsias de
progresso, de destaque, de dominação que, não tornadas realidade,
transformam-nas em algozes de indivíduos que lhes experimentam a
sanha ou dos grupos em que se movimentam.
Perdoa todo tipo de
ofensa e de ofensores, de difamadores, de sequazes do mal. Eles não
merecem as tuas preocupações nem os teus sofrimentos.
Tens compromissos mais
valiosos com a Vida, para perderes tempo com mesquinharias
inevitáveis do processo evolutivo.
Fita os altiplanos morais
e avança conquistando os espaços desafiadores.
Quem teme tempestades
morais não consegue fortalecer-se para as lutas do progresso
espiritual.
O teu adversário é
também a tua chance de superação de melindres, de paixões
egoicas, das pequenezes que te assinalam a existência.
Nunca cedas ao mal,
descendo ao nível dos maus. Se os consideras infelizes, atrasados,
melhor razão para que te detenhas em patamar espiritual mais
elevado, descendo somente para ajudá-los e não para competir com
eles nos estranhos comportamentos que assumem.
Perdoar não
significa concordar com o ato infame nem com a pessoa desatinada.
Constitui o ato de não revidar com o mesmo mal, aquele que lhe é
dirigido, permanecendo em melhor situação emocional do que o seu
antagonista e em paz.
Jesus, o Psicoterapeuta
por excelência, quando lecionou o perdão indistinto, incondicional,
permanente, propôs um dos mais formosos procedimentos proporcionador
de saúde e de harmonia pessoal.
Ele tornou-se exemplo
do perdão amoroso, não anuindo com o crime de que era vítima,
também não estigmatizando seus algozes com reproche ou censura.
O perdão é
medicamento valioso para sarar as feridas da alma e
instalar áreas de bem-estar e de bem-estar na mente e na emoção.
Psicografia de Divaldo
Franco
Fonte:http://www.luzdoespiritismo.com/
(Página
psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 23 de junho
de 2004, em Beijing, China.)
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