Tema da semana
“Beneficência
exclusiva”
de 13/08/2012 a
19/08/2012
Joanna
de Ângelis
Grupos
híbridos que se afinam pelas extravagâncias, arrimados nas
limitações em que se comprazem, produzindo insânias várias.
Moles
heterogêneas em afã desesperado, entrechocando-se na defesa dos
interesses que disputam, nem sempre honestamente.
Famílias
dilacerando-se em violentas pelejas, vitimadas por animalidade
subalterna.
Formalismos
da aparência, em crescente indiferença por acontecimentos e
pessoas, produzindo frieza do sentimento e da emoção, que são
substituídos paulatinamente pelo desamor que a todos vitima.
Manchetes
sensacionais mantendo o clima dos descontroles íntimos no açular
das noticiais estarrecedoras que já não produzem comoção.
Homens
desagregados uns dos outros, separados por grupos étnicos, conluios
econômicos, associações criminosas, clãs de rebeldia, movimentos
de sublevação da ordem, ajuntamentos desportistas que se detestam
reciprocamente, forças da beligerância, irmanados apenas por um
fator: poder! E, disfarçados, multiplicam-se os poderes: jovem,
negro, branco, índio, econômico, militar, com chamamentos e
dísticos de paz, urdindo lutas dolorosas, em que as legítimas
aspirações da ordem e da beleza são renegados pela ânsia de serem
estabelecidos os novos valores.
...
E não há faltado em tais cometimentos, o poder do amor em
detrimento da guerra, através de cujas façanhas o sexo espicaçado,
nas expressões do instinto puro e simples, produz alucinações
graças às conexões infelizes e aos conúbios que articula...
Argumenta-se,
porém, que sempre foi assim, elucidando-se que o progresso tem
modificado favoravelmente as estruturas múltiplas da vida terrena,
facultando abençoados frutos para o homem.
Sem
dúvida, as conquistas humanas e sociais, técnicas e assistenciais,
são relevantes.
O
espírito de justiça vige nas leis dos povos modernos; as Entidades
Internacionais vigiam e interferem ante arbitrariedades de governos
desalmados, auxílios recíprocos, entre os povos, atendem aos
problemas capitais das Nações; fronteiras se abrem, favoravelmente,
mercados comuns defendem interesses iguais... Não obstante, há
muita dor, crescente aflição, inumeráveis sofrimentos vitimando
homens e povos, por consequência da frigidez espiritual existente no
mundo.
Jesus
parece esquecido!
Uns
jovens tomam-No como revolucionário e transformam-No em fantoche
para acobertar as suas loucuras. Outros aceitam-No como solução
simplista e dizem-se-lhe afeiçoados, alargando o campo aberto das
aberrações como "crentes novos".
Os
religiosos tradicionais, simultaneamente, aferram-se às formas e,
ante as tentativas de atualização da Doutrina Cristã à
fraternidade, à pobreza, à humildade, engajam-se no comboio da
novidade desde que lhes não custem os esforços da renovação
íntima ou do sacrifício, permanecendo o código a que se filiaram
em posição predominante...
Todavia,
o Evangelho, na claridade dos seus ensinos, não permite dubiedade,
interpretação errônea, acomodação parasitária.
Disse
Jesus:
"Eu
sou a porta". Somente através d’Ele o homem encontrará a via
de segurança.
"Eu
sou o caminho". Apenas seguindo as suas pegadas e fazendo qual
Ele o realizou, o homem se encontra em paz.
"Eu
sou o pão da Vida". Exclusivamente nutrindo-se do alimento
sadio da Sua palavra e dos Seus exemplos, o homem se abastece.
"Fazer
ao próximo o que se desejar que ele lhe faça". Só na vivência
do reto dever para com o seu irmão, o homem se integra na família
da fraternidade universal.
"Dar
a capa a quem pede a manta. Marchar dois mil passos ao lado de quem
pede seguir mil". Unicamente pela práticas da caridade, o homem
se realiza, lobrigando a plenitude do amor com que Ele a todos nos
ama.
Não
há como tergiversar, sofismando ou fugindo às elevadas proposições
evangélicas.
Todos
irmãos, sim, em jornada ascendente, na qual nos devemos dar as mãos
em auxílio recíproco nesta ingente luta pela redenção.
O
Espiritismo, por sua vez, confirmando tudo quanto o Senhor enunciou,
elucida, mediante as lições clarificadoras da reencarnação, que
apesar de diversificados pelos múltiplos graus evolutivos, em
nascimentos e renascimentos purificadores, somos todos irmãos no
árduo esforço de crescimento interior, perseguindo a perfeição
que nos está destinada.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro Sol de Esperança
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