Tema
da semana
“Parábola
da figueira seca”
de
24/12/2012 a 30/12/2012
Allan
Kardec
8.
Quando
saíam de Betânia, ele
teve fome; – e, vendo ao longe
uma figueira,
para ela
encaminhou-se, a ver se
acharia alguma
coisa; tendo-se, porém, aproximado,
só achou folhas,
visto não ser
tempo de
figos. – Então,
disse Jesus
à figueira. Que ninguém coma de
ti fruto algum, o que seus discípulos ouviram. – No dia seguinte,
ao passarem pela figueira, viram que secara até à raiz. – Pedro,
lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a
figueira que tu amaldiçoaste. – Jesus, tomando a palavra, lhes
disse: Tende fé em Deus. – Digo-vos, em verdade, que aquele que
disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem
hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que
tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece.
(S. MARCOS,11:12 a 14 e 20 a 23.)
9. A figueira que
secou é o símbolo dos que apenas aparentam propensão para o bem,
mas que, em realidade, nada de bom produzem; dos oradores que mais
brilho têm do que solidez, cujas palavras trazem superficial verniz,
de sorte que agradam aos ouvidos, sem que, entretanto, revelem,
quando perscrutadas, algo de substancial para os corações. É de
perguntar -se que proveito tiraram delas os que as escutaram.
Simboliza também todos
aqueles que, tendo meios de ser úteis, não o são; todas as
utopias, todos os sistemas ocos, todas as doutrinas carentes de base
sólida. O que as mais das vezes falta é a verdadeira fé, a fé
produtiva, a fé que abala as fibras do coração, a fé, numa
palavra, que transporta montanhas. São árvores cobertas de folhas,
porém, baldas de frutos. Por isso é que Jesus as condena à
esterilidade, porquanto dia virá em que se acharão secas até à
raiz. Quer dizer que todos os sistemas, todas as doutrinas que nenhum
bem para a Humanidade houverem produzido, cairão reduzidas a nada;
que todos os homens deliberadamente inúteis, por não terem posto em
ação os recursos que traziam consigo, serão tratados como a
figueira que secou.
10.
Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem, nestes
últimos, a falta de órgãos materiais pelos quais transmitam suas
instruções. Daí vem o serem dotados de faculdades para esse
efeito. Nos tempos atuais, de renovação social, cabe-lhes uma
missão especialíssima; são árvores destinadas a fornecer alimento
espiritual a seus irmãos; multiplicam-se em número, para que abunde
o alimento; há os por toda a parte, em todos os países, em todas as
classes da sociedade, entre os ricos e os pobres, entre os grandes e
os pequenos, a fim de que em nenhum ponto faltem e a fim de ficar
demonstrado aos homens que todos são chamados. Se, porém, eles
desviam do objetivo providencial a preciosa faculdade que lhes foi
concedida, se a empregam em coisas fúteis ou prejudiciais, se a põem
a serviço dos interesses mundanos, se em vez de frutos sazonados dão
maus frutos, se se recusam a utilizá-la em benefício dos outros, se
nenhum proveito tiram dela para si mesmos, melhorando-se, são quais
a figueira estéril. Deus lhes retirará um dom que se tornou inútil
neles: a semente que não sabem fazer que frutifique, e consentirá
que se tornem presas dos Espíritos maus.
ALEGAÇÕES
DA FÉ
Não
adianta guardar a semente sem proveito.
Quem
confia ara e semeia, trabalha e cria.
Adelino
De Carvalho
Livro:
“Praça Da Amizade” Psicografia: Francisco Cândido Xavier -
Autores Espirituais Diversos.
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