Tema
da semana
“A
verdadeira propriedade”
de
11/02/2013 a 17/02/2013
Havia
um senhor muito rico que era dono de terras de valor incalculável.
Vivia num palácio, rodeado de servos e amigos.
Era
um homem bom e utilizava sua riqueza para atender a fome alheia,
providenciar abrigo a quem precisasse, agasalho a quem pedisse.
Costumava
orar todos os dias e, em suas preces, agradecia sempre pelos bens que
possuía, em especial aqueles que nem o tempo, nem a ferrugem e nem a
traça destroem.
Do
lado oposto da aldeia vivia um camponês. Habitava uma gruta e para
sobreviver plantava legumes e hortaliças que regularmente levava ao
senhor do palácio a fim de vendê-las.
Toda
vez que se dirigia para as terras do homem rico, ia resmungando
consigo mesmo sobre o que considerava uma grande injustiça, pois
aquele homem tinha tanto, enquanto ele era tão pobre.
Certo
dia, chegou a notícia aos portões do palácio avisando que
malfeitores estavam a caminho, provocando mortes e violência.
Temendo
que algo pudesse acontecer aos seus familiares, amigos e servidores,
o senhor do palácio logo providenciou para que todos buscassem
lugares seguros.
Quando
o último grupo se retirou, os desordeiros estavam muito perto das
portas do palácio e o seu dono verificou que não havia sobrado
nenhum cavalo para que pudesse fugir.
Recordou-se
do vendedor de hortaliças, das tantas vezes que o auxiliara e
apressado, buscou a gruta.
Lá
chegando, contou-lhe tudo e pediu abrigo.
O
agricultor viu ali a sua oportunidade dourada e ofereceu-se para
repartir a sua gruta com o rico senhor, desde que aquele lhe doasse
todos os seus bens.
Sem
pensar duas vezes, o rico lhe disse que tudo lhe pertencia desde
então: terras, palácio, tesouros.
O
nobre senhor foi repousar e o camponês, impaciente por tomar posse
do que era seu por direito, correu ao palácio, enquanto orava a Deus
dizendo:
Nunca
mais vou reclamar. Obrigado, meu Deus. Agora tenho tudo que sempre
quis.
Os
malfeitores chegaram, destruíram algumas peças, levaram outras e
surraram, maltrataram e abandonaram o novo proprietário.
Passados
alguns dias, o nobre, que não parava de agradecer a Deus por ter
salvo sua vida, dos seus amigos, parentes e familiares, com os quais
logo iria se juntar, foi levar um cesto de verduras ao palácio.
Que
bom,
pensou ao chegar, os
malfeitores quase não estragaram nada. O homem que me salvou a vida,
recolhendo-me em seu teto, deve estar feliz com os tesouros que
restaram.
Percorrendo
as galerias do palácio, começou a se mostrar preocupado. Poças de
sangue marcavam um caminho. Acompanhando as marcas, ele chegou até o
enorme salão de piso de mármore e colunas douradas.
Lá
estava o camponês caído, semimorto, sozinho. Estava cego e
inválido. Apesar de toda a riqueza, não tivera ninguém que o
levasse ao leito, que o tratasse e lhe aliviasse as dores do corpo e
da alma.
O
homem nobre abraçou o corpo machucado, transformado em farrapo
humano e intimamente orou: Obrigado,
Senhor! Ainda sou o mais rico por tudo que me destes.
*
* *
De
todos os bens que a Divindade nos proporciona, no caminho terreno,
sem dúvida, a maior fortuna é a da vida que possibilita o nosso
aperfeiçoamento.
Redação
do Momento Espírita com base no artigo
Era uma vez... do jornal Correio Fraterno do ABC, de novembro/1998
e do verbete Vida, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 11.02.2010.
Era uma vez... do jornal Correio Fraterno do ABC, de novembro/1998
e do verbete Vida, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 11.02.2010.
RIQUEZA
Recebamos
o quinhão de lutas que o Alto nos designa e avancemos para diante,
compreendendo em nossa dor bem sofrida e bem aproveitada, a nossa
riqueza, para a vida imperecível.
Plautino
Livro
“Dicionário da Alma” de Francisco Cândido Xavier; autores
diversos.
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