Tema da semana
“Aqueles que dizem:
Senhor, senhor! Não entrarão todos no Reino dos Céus”
de 04/02/2013 a
10/02/2013
Neio
Lúcio
Em
tempos remotos, o Senhor vinha ao mundo frequentes vezes entender-se
com as criaturas.
Certa
vez, encontrou um homem irado e mau, que outra coisa não fazia senão
atormentar os semelhantes. Perseguia, feria e matava sem piedade.
Quando esse espírito selvagem viu o Senhor, aproximou-se atraído
pela luz dEle, a chorar de arrependimento.
O
Cristo, bondoso, dirigiu-lhe a palavra:
— Meu
filho, porque te entregaste assim à perversidade? Não temes a
justiça do Pai? Não acreditas no Celeste Poder? A vida exige
fraternidade e compreensão.
O
malfeitor, que se mantinha prisioneiro da ignorância, respondeu em
lágrimas:
—
Senhor, de hoje em diante
serei um homem bom.
Alguns
anos passaram e Jesus voltou ao mesmo sítio. Lembrou-se do infeliz a
quem havia aconselhado e buscou-o. Depois de certa procura, foi
achá-lo oculto numa choça, extremamente abatido. Interpelado quanto
à causa de tão lamentável transformação, o mísero respondeu:
— Ai
de mim, Senhor! Depois que passei a ser bom, ninguém me respeitou!
Fiz-me escárnio da rua... Tenho usado a compaixão e a generosidade,
segundo me ensinaste, mas em troca recebo apenas o ridículo, a
pedrada e a dilaceração...
O
Mestre, porém, abençoou-o e falou:
— O
teu lucro na eternidade não será pequeno com o sacrifício.
Entretanto, não basta reter a bondade. É necessário saber
distribuí-la. Para bem ajudar, é preciso discernir. Realmente é
possível auxiliar a todos. Contudo, se a muita gente devemos ternura
fraterna, a numerosos companheiros de jornada devemos esclarecimento
enérgico. Estimularemos os bons a serem melhores e cooperaremos, a
benefício dos maus, para que se retifiquem. Nunca observaste o
pomicultor? Algumas árvores recebem dele irrigação e adubo;
outras, no entanto, sofrerão a poda, a fim de serem convenientemente
amparadas.
O
Senhor retirou-se e o aprendiz retomou luta para conquistar o
conhecimento.
Peregrinou
através de muitos livros, observou demoradamente os quadros da vida
e recebeu a palma da ciência.
Os
anos correram apressados, quando o Cristo regressou e procurou-o,
novamente.
Dessa
vez, encontrou-o no leito, enfermo e sem forças.
Replicando
ao Divino Amigo, explicou-se:
— Ai
de mim, Senhor! Fui bom e recebi injustiças, entesourei a ciência e
minhas dificuldades cresceram de vulto. Aprendi a amar e desejar em
sã consciência, a idealizar com o plano superior, mas vejo a
ingratidão e a discórdia, a dureza e a indiferença com mais
clareza. Sei aquilo que muita gente ignora e, por isto mesmo, a vida
tornou-se-me um fardo insuportável...
O
Mestre, porém, sorriu e considerou:
— A
tua preparação para a felicidade ainda não se acha completa.
Agora, é preciso ser forte. Acreditas que a árvore respeitável
conseguiria viver e produzir, caso não soubesse tolerar a
tempestade? A firmeza interior, diante das experiências da vida,
conferir-te-á o equilíbrio indispensável. Aprende a dizer adeus a
tudo o que te prejudica na caminhada em direção da luz divina e
distribuirás a bondade, sem preocupações de recompensa, guardando
o conhecimento sem surpresas amargas. Sê inquebrantável em tua fé
e segue adiante!
O
aprendiz reergueu-se e nunca mais experimentou a desarmonia,
compreendendo, enfim, que a bondade, o conhecimento e a fortaleza são
a trilogia bendita da felicidade e da paz.
Do
livro “Alvorada cristã”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
---
O
Senhor permanece
Procura
o Cristo, em silêncio,
e
grava as lições d’Ele nas páginas
da
própria luta de cada dia e quem te
acompanha
saberá encontrar,
em
tua conduta e em teus gestos,
abençoado
caminho da elevação. (...)
Emmanuel
Do
livro “Agenda de luz”. (Fragmento extraído da mensagem “O
Senhor permanece”)
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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