Tema
da semana
“Reconhece-se
o cristão pelas suas obras”
de
20/05/2013 a 26/05/2013
Allan
Kardec
16.
“Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos
céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está
nos céus.”
Escutai
essa palavra do Mestre, todos vós que repelis a Doutrina Espírita
como obra do demônio. Abri os ouvidos, que é chegado o momento de
ouvir.
Será
bastante trazer a libré do Senhor, para ser-se fiel servidor seu?
Bastará dizer: “Sou cristão”, para que alguém seja um seguidor
do Cristo? Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas
suas obras. “Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma
árvore má pode dar frutos bons.” – “Toda árvore que não dá
bons frutos é cortada e lançada ao fogo.” São do Mestre essas
palavras. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Que frutos deve
dar a árvore do Cristianismo, árvore possante, cujos ramos
frondosos cobrem com sua sombra uma parte do mundo, mas que ainda não
abrigam todos os que se hão de grupar em torno dela? Os da árvore
da vida são frutos de vida, de esperança e de fé. O Cristianismo,
qual o fizeram há muitos séculos, continua a pregar essas virtudes
divinas; esforça-se por espalhar seus frutos, mas quão poucos os
colhem! A árvore é boa sempre, porém maus são os jardineiros.
Entenderam de moldá-la pelas suas ideias; de talhá-la de acordo com
as suas necessidades; cortaram-na, diminuíram-na, mutilaram-na;
tornados estéreis, seus ramos não dão maus frutos, porque nenhuns
mais produzem. O viajor sedento,que se detém sob seus galhos à
procura do fruto da esperança, capaz de lhe restabelecer a força e
a coragem, somente vê uma ramaria árida, prenunciando tempestade.
Em vão pede ele o fruto de vida à árvore da vida; caem-lhe secas
as folhas; tanto as remexeu a mão do homem, que as crestou.
Abri,
pois, os ouvidos e os corações, meus bem-amados! Cultivai essa
árvore da vida, cujos frutos dão a vida eterna. Aquele que a
plantou vos concita a tratá-la com amor, que ainda a vereis dar com
abundância seus frutos divinos. Conservai-a tal como o Cristo vo-la
entregou: não a mutileis; ela quer estender a sua sombra imensa
sobre o Universo: não lhe corteis os galhos. Seus frutos benfazejos
caem abundantes para alimentar o viajor faminto que deseja chegar ao
termo da jornada; não amontoeis esses frutos, para os armazenar e
deixar apodrecer, a fim de que a ninguém sirvam. “Muitos são os
chamados e poucos os escolhidos.” É que há açambarcadores do pão
da vida, como os há do pão material. Não sejais do número deles;
a árvore que dá bons frutos tem que os dar para todos. Ide, pois,
procurar os que estão famintos; levai-os para debaixo da fronde da
árvore e partilhai com eles do abrigo que ela oferece. – “Não
se colhem uvas nos espinheiros.” Meus irmãos, afastai-vos dos que
vos chamam para vos apresentar as sarças do caminho, segui os que
vos conduzem à sombra da árvore da vida.
O
divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não
passarão: “Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no
reino dos céus; entrarão somente os que fazem a vontade de meu Pai
que está nos céus.”
Que
o Senhor de bênçãos vos abençoe; que o Deus de luz vos ilumine;
que a árvore da vida vos ofereça abundantemente seus frutos! Crede
e orai. – Simeão. (Bordéus, 1863.)
OBRA
Na
perseguição ao trabalho honroso,
basta
recorrer aos frutos substanciosos
e
ricos da obra realizada.
Emmanuel
Livro
“Dicionário da Alma”
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier
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