Tema
da semana
“Caridade
material e caridade moral”
de
27/05/2013 a 02/06/2013
Bezerra de Menezes
Filhos,
Jesus nos abençoem.
Nenhuma
legenda maior que a Caridade para Lâmpada acesa no vestíbulo de
nossa Doutrina Redentora.
Sem
dúvida, quando o Espírito da Verdade lhe descerrou a presença
bendita, na Obra do Codificador, teve em mente comunicar ao Mundo de
novo a presença do próprio Cristo de Deus.
Caridade
será sempre o traço de união entre o discípulo e o Mestre, entre
a Criatura e o Criador.
Atentos
ao impositivo do Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como
a nós mesmos, observamos que o Céu nos possibilita a caridade por
chave permanente de ligação com o todo Misericordioso e com os
nossos irmãos da Humanidade onde estejamos.
Notemos,
no entanto, filhos meus, que é preciso renovar a nossa conceituação
íntima de amor aos semelhantes, de vez que, ao enunciarmos o
preceito, pensamos no próximo como sendo alguém perfeitamente igual
a nós.
Em verdade todos somos companheiros uns dos outros, no entanto, cada
qual em nível diferente.
Referimo-nos
a isso para considerar convosco que entre os aprendizes de Jesus e os
tutelados de Jesus há comumente diferenças essenciais. Daí a
necessidade de ponderar que o próximo ainda sem Jesus é um irmão
em absoluta carência de recursos espirituais para viver sabendo
viver.
Analisemos,
por isso, a nossa condição de servidores. Achamo-nos, sobretudo, na
atualidade da Terra, à feição de tarefeiros do coração e da
inteligência, engajados no Evangelho a serviço do Senhor. Em todos
os flancos de luta regenerativa e santificante registramos a fila
quase interminável dos nossos irmãos da alma, hospitalizados no
mundo.
Nunca
nos circunscrevemos ao aspecto exterior das criaturas,a fim de
cooperar na Seara do Bem.
Somos
chamados a socorrer (e socorrer nem sempre diretamente), tanto os
enfermos do corpo quanto os enfermos de espírito. Efetivamente, é
imprescindível atender aos filhos da penúria à mesa farta que o
Senhor nos confiou, sem olvidar, porém, os filhos da angústia,
conquanto, bem postos à mesa dos valores sociais, famintos de
compreensão e de paz.
Jamais
esquecer que o nosso próximo na Terra de hoje, quase que
indiscriminadamente, se encontra sob o jugo de aflitivas
perturbações.
Os
desajustados se aglomeram junto de nós, a pedir-nos entendimento,
enquanto os obsediados respeitáveis cruzam os nossos caminhos no
cotidiano, sob a hipnose da indiferença, ante o próprio destino.
Há
quem comande o dinheiro para sepultar-se em abismos de lama dourada e
há quem despreze o benefício da prova, para arremessar-se às
furnas de sombra pela revolta com que menoscabem os valores da vida.
Há
quem fale e grite impropérios contra a Bênção Divina e há quem
se cale, adiando a edificação do bem, favorecendo a ilusão em
prejuízo de si próprios.
De
todas as procedências, chegam até nós os tristes, os cansados, os
abatidos, os derrotados, os obsessos, os desequilibrados, os
empedernidos, os intolerantes, os violentos, os nossos irmãos
problemas
nas mais diversas nuanças de perturbações e desajuste espiritual.
Caridade,
pois, meus filhos! Caridade de toda hora, de todo o dia de toda
estrada.
E
junto uns dos outros na execução dos deveres a que fomos trazidos
ou convocados, tenhamos mais caridade ainda por amor às
responsabilidades de Jesus em nossas mãos. Sejamos a serenidade
daquele que se arrojou à irritação, a paz do que sofre em guerra
tremenda com as próprias tentações que carrega, a humildade
daquele que olvidou a nossa condição de escravos do Senhor e se
acredita dominado, onde foi intimado a ajudar e contribuir; o
entendimento do que ainda ignora as contas que prestará
dos empréstimos do Eterno Benfeitor; a bênção daquele que ainda
se encontra na esfera da censura e da crítica destrutiva; o silêncio
do que faz ruído inútil; a ponderação do precipitado; o
companheiro daquele que não sabe ainda entender a significação da
palavra; “amigo”; a segurança do imprudente; a vigilância dos
temerários; o otimismo dos que descem ao desânimo e ao pessimismo
incapazes de aprender a extensão da desarmonia que causam ao
mecanismo das boas obras; a modéstia dos que se envaidecem com os
bens do Senhor, acreditando-se donos deles; o apoio dos que
desampararam a si mesmos pela imprevidência com que afastam dos
próprios compromissos; a visão dos cegos de espírito; a muleta
generosa para aqueles que ainda não logram caminhar com a
desenvoltura de que já dispomos no conhecimento do Evangelho; o
leito espiritual para os que adoeceram na obsessão e não conseguem
equilíbrio suficiente para agirem com a precisa saúde moral.
Caridade,
sim, para todos, porque todos somos mendigos de algo à frente de
Deus.
Enfim,
meus filhos, na emotividade abençoada de nosso encontro fraterno,
transmitimos a vós outros, tanto quanto transmitimos a nós mesmos,
a mensagem de Fabiano de Cristo, o apóstolo da caridade, em favor de
nós todos nesta manhã de confraternização e de luz.
“Filhos,
é preciso sofrer para auxiliar. Outra não foi a Doutrina de Jesus e
a conduta de Jesus para enriquecer-nos com o Seu Infinito Amor”.
Estendamos as nossas mãos uns aos outros e que o Senhor nos inspire
e nos abençoe.
Da Obra “União
Em Jesus” – Espíritos Diversos –
Psicografia: Francisco
Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia
Aydir
IMAGENS
DA CARIDADE
Auta
de Souza
Caridade,
inda que seja
Migalha
de amparo e luz
É
notícia benfazeja
Da
proteção de Jesus.
De
“Tão Fácil”, de Francisco Cândido Xavier.
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