Tema
da semana
“O
parentesco corporal e o parentesco espiritual”
de 24/06/2013 a 30/06/2013
Emmanuel
A
família consanguínea, entre os homens, pode ser apreciada como o
centro essencial de nossos reflexos. Reflexos agradáveis ou
desagradáveis que o pretérito nos devolve.
Certo,
não incluímos aqui os Espíritos pioneiros da evolução que,
trazidos ao ambiente comum, superam-no, de imediato, criando o clima
mental que lhes é peculiar, atendendo à renovação de que se fazem
intérpretes.
Comentamos
a nossa posição no campo vulgar da luta.
Cada
criatura está provisoriamente ajustada ao raio de ação que é
capaz de desenvolver ou, mais claramente, cada um de nós apenas,
pouco a pouco, ultrapassará o horizonte a que já estenda os
reflexos que lhe digam respeito.
O
homem primitivo não se afasta, de improviso, da própria taba, mas
aí renasce múltiplas vezes, e o homem relativamente civilizado
demora-se longo tempo no plano racial em que se assimila as
experiências de que carece, até que a soma de suas aquisições o
recomende a diferentes realizações.
É
assim que na esfera do grupo consanguíneo o Espírito reencarnado
segue ao encontro dos laços que entreteceu para si próprio, na
linha mental em que se lhe caracterizam as tendências.
A
chamada hereditariedade psicológica é, por isso, de algum modo, a
natural aglutinação dos espíritos que se afinam nas mesmas
atividades e inclinações.
Um
grande artista ou um herói preeminente podem nascer em esfera
estranha aos sentimentos nos quais se avultam. É a manifestação do
gênio pacientemente elaborado no bojo dos milênios, impondo os
reflexos da sua individualidade em gigantesco trabalho criativo.
Todavia,
na senda habitual, o templo doméstico reúne aqueles que se retratam
uns nos outros.
Uma
família de músicos terá mais facilidade para recolher companheiros
da arte divina em sua descendência, porque, muita vez, os espíritos
que assumem a posição de filhos na reencarnação, junto deles, são
os mesmos amigos que lhes incentivam a formação musical, desde o
reino do espírito, refletindo-se reciprocamente na continuidade da
ação em que se empenham através de séculos numerosos.
É
ainda assim que escultores e poetas, políticos e médicos,
comerciante e agricultores quase sempre se dão as mãos, no culto
dos melhores valores afetivos, continuando-se, mutuamente, nos genes
familiares, preservando para si mesmos, mediante o trabalho em comum
e segundo a lei do renascimento, o patrimônio evolutivo em que se
exprimem no espaço e no tempo. Também é aí, de conformidade com o
mesmo princípio de sintonia, que vemos dipsômanos e cleptomaníacos,
tanto quanto delinquentes e enfermos de ordem moral, nascendo
daqueles que lhes comungam espiritualmente as deficiências e as
provas, porquanto muitas inteligências transviadas se ajustam ao
campo genético daqueles que lhes atraem a companhia, por força dos
sentimentos menos dignos ou das ações deploráveis com que se
oneram perante a Lei.
A
tara familiar, por esse motivo, é a resultante da conjunção de
débitos, situando-nos no plano genético enfermiço que merecemos, à
face dos nossos compromissos com o mundo e com a vida. Dessa forma,
somos impelidos a padecer o retorno dos nossos reflexos tóxicos
através de pessoas de nossa parentela, que nos los devolvem por
aflitivos processos de sofrimento.
Temos
assim, no grupo doméstico, os laços de elevação e alegria que já
conseguimos tecer, por intermédio do amor louvavelmente vivido, mas
também as algemas de constrangimento e aversão, nas quais
recolhemos, de volta, os clichês inquietantes que nós mesmos
plasmamos na memória do destino e que necessitamos desfazer,
à custa de trabalho e sacrifício, paciência e humildade, recursos
novos com que faremos nova produção de reflexos espirituais,
suscetíveis de anular os efeitos de nossa conduta anterior,
conturbada e infeliz.
Do
livro “Pensamento e vida”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
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FAMÍLIA
A
nossa família não se circunscreve
às
quatro paredes elo 'templo doméstico.
Estende-se
em todos os lugares onde um
doente
chama por nós, confiando-nos a esperança.
Francisco
Fajardo
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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