Tema
da semana
“O
parentesco corporal e o parentesco espiritual”
de 24/06/2013 a 30/06/2013
Allan
Kardec
Os
laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os
Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do
Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do
corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não
faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no
entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho,
para fazê-lo progredir.
Os
que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são,
as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores
relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida
terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos
uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias
igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo
antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da
consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da
simpatia e da comunhão de ideias, os quais prendem os Espíritos
antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois
seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo
Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se,
buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos
consanguíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias:
problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade
das existências (Capítulo IV, no.13).
Há,
pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços
espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as
primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo
dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as
segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas
vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que
Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui
estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços
do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está
nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
A
hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa
em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se
apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espírito.
Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a
seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus
discípulos, do ponto de vista espiritual: "Eis aqui meus
verdadeiros irmãos." Embora na companhia daqueles estivesse sua
mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja
pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como
Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o
contrário em várias outras circunstâncias.
---
FAMÍLIA
Nossa
família cresce à medida que crescemos com o Amor.
Meimei
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
(-: , Olá, seja bem vindo, se o seu comentário for legal, e não trouxer conteúdo agressivo, ele será postado.