Tema
da semana
“Expiação”
29/07/2013
a 04/08/2013
Joanna
de Ângelis
Derreados
e vencidos pelas constrições dos sofrimentos excruciantes, parecem
abandonados... Cegos carregando a surdez e silenciados no impedimento
da palavra, dão a impressão de condenados... Paralíticos em
deplorável conjuntura, sob o constrangimento
de limites que o camartelo do destino impôs, antes que os membros se
movimentassem... Alienados que transitam por paisagens tristes e
tormentosas, sem esperança, em alucinações indizíveis...
Criaturas com distrofias de várias formas e doenças de muitos nomes
sob o implacável jugo do sofrimento, como se estivessem
esquecidas... Angústias e distonias, incapacidades e distúrbios,
histerismo e misérias múltiplas, dizimando vítimas inermes que
lhes caem nas malhas, em contínuo, espraiando-se entre os homens...
E
tantos outros processos regenerativos, em nome da Legislação
Superior, fazem os trânsfugas e infratores expiarem, através do
cadinho da carne, os incontáveis crimes a que se entregaram,
infrenes. Recomeçam na linha da agonia que sofrem, em decorrência
da impiedade que impuseram.
Refazem
o caminho sobre os pélagos que eriçaram nas águas da existência
planetária. Não estão, porém, à mercê do abandono, mas sob a
assistência corretiva da Justiça.
O
fruto podre reproduz a planta mediante a semente sadia aproveitada. A
água lodosa recupera a limpidez no filtro que a purifica. Brilha a
pedra sob o buril lapidador. Modela-se o ferro, em brasa viva, ante a
ação contínua do malho e da bigorna.
Fracassando
na prova escolhida, retorna o calceta pela expiação remissora. O
suicida rebelde recomeça com a agonia a que se impôs
levianamente e
de que
se desejava
liberar... O
homicida covarde retorna sob as
dilacerações que produziu na vida que tomou nas
mãos criminosas...
Cada
agressor, desta ou daquela natureza, todo burlador reiterado da
verdade, volve ao palco da ilusão carnal, em condição carcerária
para refletir e recuperar, preparando, na masmorra que elaborou para
o próprio insulamento, os futuros dias claros de esperança e ação
relevante que virão.
Diante
deles, os irmãos que expiam, reflete e refaze tuas atitudes,
aproveitando o ensejo de que dispões para a elaboração dos felizes
dias porvindouros. Se expias, agradece a Deus e confia no amanhã.
Como são bem-aventurados os justos e os bons, os piedosos
e os
mansos, os
misericordiosos e
os pacíficos,
também o
são aqueles que se recuperam, sob a sujeição divina, sem revoltas
nem mágoas, começando desde agora a libertação que anseiam e por
que lutam.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro Celeiro de Bênçãos
EXPIAÇÃO
E REENCARNAÇÃO
Cornélio
Pires
Pedimos
o dom da dor
Que
ninguém acolhe em vão
Por
guia da própria vida,
No
rumo da perfeição.
Dois
grupos que assassinavam
Com
fogo em carros na estrada,
Faleceram
noutro corpo
Numa
loja incendiada.
Desastres,
calamidades,
Dos
quais a lei não se priva,
Constituem
pagamento
Em
provação coletiva.
Por
Zena, João matou Nico
E
desposou-a depois...
Mas
Nico voltou a eles
É
o caçula deles dois.
Inimigo
do passado
Perseguia
Gabriela.
No
ajuste das próprias contas
Ele
agora é filho dela.
Livro
Coisas deste Mundo - Psicografia Chico
Xavier
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