terça-feira, 30 de julho de 2013

Expiação

Tema da semana
Expiação”
29/07/2013 a 04/08/2013

Joanna de Ângelis

Derreados e vencidos pelas constrições dos sofrimentos excruciantes, parecem abandonados... Cegos carregando a surdez e silenciados no impedimento da palavra, dão a impressão de condenados... Paralíticos em deplorável conjuntura, sob o constrangimento de limites que o camartelo do destino impôs, antes que os membros se movimentassem... Alienados que transitam por paisagens tristes e tormentosas, sem esperança, em alucinações indizíveis... Criaturas com distrofias de várias formas e doenças de muitos nomes sob o implacável jugo do sofrimento, como se estivessem esquecidas... Angústias e distonias, incapacidades e distúrbios, histerismo e misérias múltiplas, dizimando vítimas inermes que lhes caem nas malhas, em contínuo, espraiando-se entre os homens...

E tantos outros processos regenerativos, em nome da Legislação Superior, fazem os trânsfugas e infratores expiarem, através do cadinho da carne, os incontáveis crimes a que se entregaram, infrenes. Recomeçam na linha da agonia que sofrem, em decorrência da impiedade que impuseram.

Refazem o caminho sobre os pélagos que eriçaram nas águas da existência planetária. Não estão, porém, à mercê do abandono, mas sob a assistência corretiva da Justiça.

O fruto podre reproduz a planta mediante a semente sadia aproveitada. A água lodosa recupera a limpidez no filtro que a purifica. Brilha a pedra sob o buril lapidador. Modela-se o ferro, em brasa viva, ante a ação contínua do malho e da bigorna.

Fracassando na prova escolhida, retorna o calceta pela expiação remissora. O suicida rebelde recomeça com a agonia a que se impôs levianamente e de que se desejava liberar... O homicida covarde retorna sob as dilacerações que produziu na vida que tomou nas mãos criminosas...

Cada agressor, desta ou daquela natureza, todo burlador reiterado da verdade, volve ao palco da ilusão carnal, em condição carcerária para refletir e recuperar, preparando, na masmorra que elaborou para o próprio insulamento, os futuros dias claros de esperança e ação relevante que virão.

Diante deles, os irmãos que expiam, reflete e refaze tuas atitudes, aproveitando o ensejo de que dispões para a elaboração dos felizes dias porvindouros. Se expias, agradece a Deus e confia no amanhã. Como são bem-aventurados os justos e os bons, os piedosos e os mansos, os misericordiosos e os pacíficos, também o são aqueles que se recuperam, sob a sujeição divina, sem revoltas nem mágoas, começando desde agora a libertação que anseiam e por que lutam.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Celeiro de Bênçãos
EXPIAÇÃO E REENCARNAÇÃO

Cornélio Pires
Pedimos o dom da dor
Que ninguém acolhe em vão
Por guia da própria vida,
No rumo da perfeição.

Dois grupos que assassinavam
Com fogo em carros na estrada,
Faleceram noutro corpo
Numa loja incendiada.

Desastres, calamidades,
Dos quais a lei não se priva,
Constituem pagamento
Em provação coletiva.

Por Zena, João matou Nico
E desposou-a depois...
Mas Nico voltou a eles
É o caçula deles dois.

Inimigo do passado
Perseguia Gabriela.
No ajuste das próprias contas
Ele agora é filho dela.

Livro Coisas deste Mundo - Psicografia Chico Xavier


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