sábado, 10 de agosto de 2013

A prece agrada a Deus?

Tema da semana
Alegria da Prece”
05/08/2013 a 11/08/2013

Richard Simonetti

A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para Ele, a intenção é tudo. Assim, preferível lhe é a prece do íntimo à prece lida, por muito bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração. Agrada-Lhe a prece, quando dita com fé, com fervor e sinceridade. Mas, não creais que o toque a do homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que signifique, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de verdadeira humildade.” (O Livro dos Espíritos - questão 658)

Há pessoas que, atormentadas por complicadas perturbações, submetem-se durante longos períodos ao tratamento psicanalítico.

Falam, em numerosas sessões de terapia, de sua vida pregressa. Enunciam seus anseios, seus receios, os problemas existenciais, enquanto o médico, anotando aquela enxurrada de informações, tenta pôr um pouco de ordem em sua casa mental, ajudando-as a superar suas angústias.

Embora o respeito que merecem os profissionais que se dedicam a esse tipo de atividade, dificilmente conseguirão penetrar fundo na individualidade humana, definindo com exatidão a natureza dos males que afligem os pacientes, mesmo porque a origem perde-se, geralmente, no passado remoto, representado apenas o substrato de lamentáveis comprometimentos com as Leis Divinas.

Resultados mais amplos e eficientes alcançariam os próprios pacientes se, sem abdicarem dos benefícios da Medicina, conversassem com Jesus, o médico das almas, falando-lhe de seus anseios e receios, sempre com orientação de um sentimento profundo de arrependimento, com o reconhecimento das próprias fraquezas e, sem o arrependimento a prece poucos resultados produzirá. Inconcebível orar retendo mágoas e rancores, invejas e irritações. É o que explicam, na questão nº 660-a, os Espíritos que assistem Kardec:

O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas supõem que todo o mérito está na longura da prece e fecham os olhos para seus próprios defeitos. Fazem da prece uma ocupação, um emprego, nunca, porém, um estudo de si mesmas. A ineficácia, em tais casos, não é do remédio, sim da maneira por que o aplicam.”

Oração é sentimento. Podemos, com as palavras, exprimir o que vai em nosso íntimo. Mas, se nos limitamos a pronunciá-las ou repeti-las em meras fórmulas verbais, caímos no mecanismo estéril em que os lábios movimentam-se divorciados do coração.

Aqueles que colocam na prece os ingredientes da humildade, dispostos a reconhecer suas enfermidades, no propósito da própria renovação, tem suas dificuldades dissolvidas pela fonte abundante de bençãos que se derramam sobre suas cabeças, emanados do Criador.

PRECE
João de Deus

Meu Senhor, Sábio dos Sábios,
Pai de toda a Criação,
Põe a doçura em meus lábios
E a fé no meu coração.

Sol de amor que me conduz
Na vida em que me agasalho,
Enche os meus olhos de luz
E as minhas mãos de trabalho.

Dá-me forças no caminho,
Para lutar e vencer,
Transformando todo espinho
Em flores do meu dever.

Pai, não Te esqueças de mim,
Nas bênçãos da compaixão,
Guarda-me em Teu coração
De paz e de amor sem fim.


ANTOLOGIA DA CRIANÇA - Francisco Cândido Xavier  -  Autores Diversos

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