segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Felicidade que a prece proporciona

Tema da semana
Alegria da Prece”
05/08/2013 a 11/08/2013

Allan Kardec

23. Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas. Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos outorgar todos os benefícios. Homens incrédulos! Se soubésseis quão grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento e à prece! A prece! ah! como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam. Apóstolos do pensamento, é para vós a vida. Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem.

Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. Que harmonia! Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos vossos bosques. Por entre que delícias não caminhareis! A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe. Dulçorosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de carnais, são divinas todas as aspirações. Também vós, orai como o Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e sentireis as doces emoções que lhe perpassavam n'Alma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante. Ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai. - Santo Agostinho. (Paris,1861.)

PAZ EM PRECE
Auta de Souza

Amado coração, não te amedronte
A tormenta frenética lá fora,
Na dor humana que se desarvora,
Mesmo que a sombra lívida te afronte.

Duras incompreensões chovam em monte,
Fúrias da noite gritem, de hora a hora,
Lembra o clarão do sol por nova aurora
Em que a vida mais alta se te aponte.

Do pensamento em paz a que te elevas,
Deixa que a luz de Deus dissipe as trevas,
Guardando a prece por seguro abrigo!...

E ama, serve, e segue, estrada a estrada,
Na certeza serena e imaculada
De que a bênção do Mestre vai contigo.

Do livro Auta de Souza. Psicografia de Francisco Cândido Xavier


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