Tema
da semana
“Limites
da encarnação”
de
27/01/2014 a 02/02/2014
Allan
Kardec
24
– Quais são os limites da encarnação?
A encarnação não tem, propriamente falando,
limites nitidamente traçados, se por isto se entende o envoltório que constitui
o corpo do Espírito, pois a materialidade desse envoltório diminui à medida que
o Espírito se purifica. Em certos mundos, mais avançados que a Terra, ele já se
apresenta menos compacto, menos pesado e menos grosseiro, e conseqüentemente
menos sujeito a vicissitudes. Num grau mais elevado, desmaterializa-se e acaba
por se confundir com o perispírito. De acordo com o mundo a que o Espírito é
chamado a viver, ele se reveste do envoltório apropriado à natureza desse
mundo.
O perispírito mesmo sofre
transformações sucessivas. Eteriza-se mais e mais, até a purificação completa,
que constitui a natureza dos Espíritos puros. Se mundos especiais estão
destinados, como estações, aos Espíritos mais avançados, estes não ficam
sujeitos a eles, como nos mundos inferiores: o estado de libertação que já
atingiram permite-lhes viajar para toda parte, onde quer que sejam chamados
pelas missões que lhes foram confiadas.
Se considerarmos a encarnação
do ponto de vista material, tal como a vemos na Terra, podemos dizer que ela se
limita aos mundos inferiores. Depende do Espírito, portanto, libertar-se mais
ou menos rapidamente da encarnação, trabalhando pela sua purificação.
Temos ainda a considerar que,
no estado de erraticidade, ou seja, no intervalo das existências corporais, a
situação do Espírito está em relação com a natureza do mundo a que o liga o seu
grau de adiantamento. Assim, na erraticidade, ele é mais ou menos feliz, livre
e esclarecido, segundo for mais ou menos desmaterializado.
SÃO LUIS
Paris, 1859
[...] O objetivo fundamental da nossa encarnação é o progresso
intelecto-moral. Aperfeiçoar a inteligência e o sentimento constitui o fim último
de nossa estada na vida corpórea.
Referência: EVANGELIZAÇÃO:
fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?).
Rio de Janeiro: FEB, 1987. - cap. 9
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