Tema
da semana
“Orgulho
e humildade”
De
24/03/2014 a 30/03/2014
Emmanuel
A
humildade, por força divina, reflete-se, luminosa, em todos os
domínios da Natureza, os quais expressam, efetivamente, o Trono de
Deus, patrocinando o progresso e a renovação.
Magnificente,
o Sol, cada dia, oscula a face do pântano sem clamar contra o
insulto da lama; a flor, sem alarde, incensa a glória do céu.
Filtrada na aspereza da rocha, a água se revela mais pura, e, em
seguida às grandes calamidades, a colcha de erva cobre o campo, a
fim de que o homem recomece a lida.
A
carência de humildade, que, no fundo, é reconhecimento de nossa
pequenez diante do Universo, surge na alma humana qual doentio
enquistamento de sentimentos, quais sejam o orgulho e a cobiça, o
egoísmo e a vaidade, que se responsabilizam pela discórdia e pela
delinquência em todas as direções.
Sem
o reflexo da humildade, atributo de Deus no reino do "eu",
a criatura sente-se proprietária exclusiva dos bens que a cercam,
despreocupada da sua condição real de espírito em trânsito nos
carreiros evolutivos e, apropriando-se da existência em sentido
particularista, converte a própria alma em cidadela de ilusão,
dentro da qual se recusa ao contato com as realidades fundamentais da
vida.
Sob
o fascínio de semelhante negação, ergue azorragues de revolta
contra todos os que lhe inclinem o espírito ao aproveitamento das
horas, já que, sem o clima da humildade, não se desvencilha da
trama de sombras a que ainda se vincula, no plano da animalidade que
todos deixamos para trás, após a auréola da razão.
Possuída
pelo espírito da posse exclusivista, a alma acolhe facilmente o
desespero e o ciúme, o despeito e a intemperança, que geram a
tensão psíquica, da qual se derivam perigosas síndromes na vida
orgânica, a se exprimirem na depressão nervosa e no desequilíbrio
emotivo, na ulceração e na disfunção celular, para não nos
referirmos aos deploráveis sucessos da experiência cotidiana, em
que a ausência da humildade comanda o incentivo à loucura, nos mais
dolorosos conflitos passionais.
Quem
retrata em si os louros dessa virtude quase desconhecida aceita sem
constrangimento a obrigação de trabalhar e servir, a benefício de
todos, assimilando, deste modo, a bênção do equilíbrio e
substancializando a manifestação das Leis Divinas, que jamais
alardeiam as próprias dádivas.
Humildade
não é servidão. É, sobretudo, independência, liberdade interior
que nasce das profundezas do espírito, apoiando-lhe a permanente
renovação para o bem.
Cultivá-la
é avançar para a frente sem prender-se, é projetar o melhor de si
mesmo sobre os caminhos do mundo, é olvidar todo o mal e recomeçar
alegremente a tarefa do amor, cada dia...
Refletindo-a,
do Céu para a Terra, em penhor de redenção e beleza, o Cristo de
Deus nasceu na palha da Manjedoura e despediu-se dos homens pelos
braços da Cruz.
Do
livro “Pensamento e vida”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
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HUMILDADE
Só
a humildade é a energia
suficientemente
segura,
para
sustentar-nos o êxito
no
serviço abençoado e
não
devemos esmorecer
na
jornada que nos compele
para
diante.
Agar
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
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