Tema
da semana
“Vingança”
De
31/03/2014 a 06/04/2014
Revista
espírita
A
vingança é agradável ao coração, disse o poeta. Oh! pobres
cegos, que dais livre curso à mais horrenda das paixões, credes
fazer mal ao próximo quando o golpeais e não notais que eles se
voltam contra vós. Ela não só é um crime, mas absurda falta de
habilidade. É, como seus irmãos o rancor, o ódio, o ciúme, filhos
do orgulho, o meio de que se servem os Espíritos das trevas para
atrair a si aqueles que receiam lhes escapem; é o mais infalível
instrumento de perdição posto nas mãos dos homens pelos inimigos
que se encarniçam na sua decadência moral. Resisti, filhos da
Terra, a esse culposo arrastamento, e ficai certos de que, se alguém
mereceu a vossa cólera, não será no paroxismo do rancor que
encontrareis a calma de consciência. Ponde nas mãos do
Todo-Poderoso o cuidado de se pronunciar sobre os vossos direitos e
sobre a justiça de vossa causa. Há na vingança algo de ímpio e de
degradante para o Espírito.
Não,
a vingança não é compatível com a perfeição. Enquanto uma alma
conservar tal sentimento ficará nas regiões mais miseráveis do
mundo dos Espíritos. Mas, como os outros, o vosso não será o
eterno joguete dessa paixão infeliz; e posso garantir que a abolição
da falsa noção do inferno eterno, ou, antes, da danação eterna,
que tem servido de pretexto ou de escusa para atos de vingança, será
a aurora de uma nova era de tolerância e de mansuetude, que não
tardará a estender-se até às regiões privadas da vida moral.
Poderia o homem condenar a vingança quando lhe apresentavam Deus
como ciumento e se vingando por torturas sem fim? Cessai, pois, ó
homens, de insultar a Divindade, emprestando-lhe as vossas mais
ignóbeis paixões. Então sereis, ó habitantes da Terra, um povo
abençoado por Deus. Vós que me escutais, fazei de modo que, liberta
a vossa alma do culposo e vergonhoso móvel dos atos mais contrários
à caridade, mereçais ser admitidos no recinto sagrado, no qual só
a caridade pode abrir as portas.
.
---
RENÚNCIA
Só
os filhos da renúncia poderão atender,
tanto
quanto é preciso, a expectativa da esfera superior.
Emmanuel
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
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