sábado, 28 de junho de 2014

Influenciações espirituais sutis



Alex Leonardo

Podem ocorrer durante o sono ou em vigília, quando estamos sozinhos ou acompanhados de pessoas. São ideias, imagens, lembranças, etc.

O mais marcante na influenciação sutil é que tudo “parece ser nosso”, manifestação da nossa vontade, do nosso querer, mas não é algo que verdadeiramente seja fruto do nosso desejo e sim uma influência espiritual. Essa influência pode ser boa ou ruim.

A meditação e a reflexão serão sempre nossas ferramentas de suporte numa situação de influência espiritual. Isso para analisar seu conteúdo, sua “consistência” o móvel dessa energia.

No caso das Influenciações boas, elas sempre nos dirigirão para o bem, para o belo, nos proporcionarão momentos de alegria, de contentamento e de bem estar.

Nas influências ruins, teremos sempre um conteúdo nocivo, que nos atrai para o vício, para as paixões, para o crime, para o adultério. É sempre uma cilada bem urdida. Não podemos também esquecer aquelas onde os espíritos tentam se aproveitar de nossos recursos, de nossas possibilidades, para se apropriar e tirar vantagem disso, visando interesses particulares e que muitas das vezes não nos favorece em nada. 

A questão é como distinguir o que é uma influência espiritual daquilo que é uma manifestação do nosso eu. “Conhece-te a ti mesmo” é a mensagem que nos convida a um mergulho interior, para saber quem somos o que queremos e o que buscamos. Somente num exercício de reflexão, um exame interno, saberemos quais são nossos anseios e aquilo que faz parte do cardápio dos nossos desejos. Mas nesse mundo de pensamentos é impossível fugir das influências espirituais, cabe a nós distinguir o que é bom do que é ruim. “Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”; nessa mensagem de Paulo observamos qual deve ser nossa conduta diante dos pensamentos que circulam em nossa mente.

E em nossa vida de relação entre os dois mundos não podemos esquecer que atrairemos sempre espíritos afins e que outros surgirão em nosso caminho com algum interesse, mas cabe sempre a nós a responsabilidade de nossas escolhas, de fazer distinção correta, de agir acertadamente. E nisso entendemos aquele atitude que não cause mal a nós mesmos e aos outros.

Nas Influenciações espirituais sutis de caráter negativas, os espíritos mantêm uma postura perseguidora. Vão aonde vamos, estão onde estamos e nos acompanham insistentemente em todos os nossos movimentos; não desfrutamos nessa situação de privacidade alguma, pois que invadem nossa intimidade e estão como verdadeiro encosto que não arreda pé. Para quem é sensitivo, é necessário muita tolerância, visto que o objetivo deles é observar qual é nossa reação ao influxo que eles nos dão durante o dia, ficam na expectativa de terem receptividade dos seus conteúdos, de suas armações bem trabalhadas, em fim, de terem resultado favorável em suas ciladas. E para obterem êxito, depois de influenciar e aguardar o resultado, mantém uma postura silenciosa, dando-nos a impressão de que tudo está bem, está ‘normal’, mas tudo não passa de um jogo, onde tentam fazer de nós marionetes, isso para logo em seguida retornarem e darem novo curso.

Numa situação constrangedora como essa, a postura é sempre a da vigilância e da fidelidade ao nosso caráter, que não pode ser confundido, não permitindo que se desenvolva qualquer ação iniciada por eles. O tempo cuidará do resto, e nossa disciplina nos fará vencedores de nós mesmos, retirando todas as tomadas que ainda os atrai e anulando aquela força que insistia em nos arrastar. Por fim, o exercício do bem e a oração serão nosso reforço para essas lutas da vida, lembrando que em nosso vai e vem, vale o que semeamos, e tudo aquilo que represente reflexo do bem mais puro, é recurso a nosso favor.

As Influenciações espirituais sutis variam ao monte, e aqui temos uma simples e reduzida apresentação de como elas podem ocorrer.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Obsessão sexual



Obsessão sexual

Alex Leonardo

Existem obsessões de variados tipos, desde as simples até as mais graves que levam a perturbação das faculdades psíquicas. As obsessões podem ser classificadas de três tipos básicos: as por vingança, as por vícios e as de interesse; esses, porém, não são os únicos, ocorrem muitos outros fenômenos obsessivos e existem situações em que elas se misturam numa espécie de associação. 

A obsessão é a interferência de um espírito na vida de um encarnado. Essa é apresentação mais simples, mas há variações múltiplas, como, por exemplo, um encarnado obsidiar um espírito desencarnado, etc.

Na obsessão por vingança Kardec esclarece:

“O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão. O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder.” 

Allan Kardec classificou a obsessão em três graus de sucessão ou níveis; a obsessão simples, a fascinação e a subjugação, nesse último estágio o indivíduo perde controle sobre seu corpo. Como no caso anterior sabemos que essa classificação é didática, pois existe um leque de variações.

Gostaria de destacar a obsessão que se mistura entre vício e interesse. É a obsessão sexual.

Na obsessão sexual o indivíduo está asfixiado por conteúdo mental obsceno. Sua mente está entupida de imagens sensuais, erotismo, masturbação, seus olhos estão sempre à busca de imagens que alimentem suas fantasias, seu desejo é ter uma ocasião, ou criar a mesma, para dar vasão aos seus conflitos, as sensações fortes, materializando aquilo que sua mente deseja.

É um caso de obsessão por vícios e num caso como esse sempre existe um componente espiritual, ou seja, um ou mais espíritos se associando ao encarnado, muitas vezes dirigindo ou assessorando-o em suas aventuras no mundo dos prazeres e apetites sexuais.

O espírito obsessor pode, por exemplo, manipular os pensamentos do encarnado projetando imagens sensuais em sua mente. Pode também inspirar-lhe o desejo pelo sexo, atraindo-o ao encontro de uma relação ou inspirando outras pessoas para que o busquem, e nessa situação sempre haverá a participação de espíritos nos atos sexuais do indivíduo.

Dependendo do grau de comprometimento os espíritos que obsidiam um encarnado podem está na condição de vampiros, caracterizando o vampirismo sexual. Numa situação como essa podemos verificar a presença inclusive de espíritos ovoides; espíritos numa condição muito triste e que vivem numa monoideia. São espíritos que perderam a forma humana pelo vício mental de canalizar uma único desejo, no caso o sexo.

Esses espíritos são atraídos ou colocados na aura do encarnado por outros espíritos. Depositados nos centros de força, chakras, causam grave perturbação mental, inspirando incessantemente o desejo sexual, aí nesse caso o desejo do encarnado se associa com o desejo do espírito, passando inclusive o espírito a dirigir os desejos do encarnado. O que hora poderia se pensar ser uma manifestação particular se torna um desejo de um espírito obsessor. Significa dizer que não se trata de uma vontade íntima a busca pelo sexo, mas sim um desejo de um espírito que o inspira, seja com lembranças, com projeções de atos sexuais, de imagens sensuais e até de tato. No caso do tato o espírito manipula o órgão genital fazendo com que o encarnado, por exemplo, tenha ereção, para um homem, promovendo sensações que despertem o desejo sexual e ao mesmo tempo que promove o tato projeta imagens em sua mente completando o recurso obsessivo. Observamos muito esse caso durante o sono do corpo físico. Durante o sono o ser humano perde, por assim dizer, um pouco a razão, o discernimento, a lucidez e está mais vulnerável a um ‘ataque’ como esse; sua consciência está nublada e não consegue fazer distinção do que é real do que não é. A situação se torna muito mais complicada quando o obsidiado não tem ideia da realidade espiritual, da reencarnação, pois se torna presa e marionete dos espíritos que o vampirizam.

Mas tudo começa no pensamento, no desejo que se cultiva. Um pensamento bom atrairá coisas boas, um pensamento mal atrairá coisas ruins. É a lei de sintonia, ação e reação. É pelo pensamento que atraímos os espíritos, dependendo do tipo de cultivo mental estaremos assessorados por espíritos de mesmo calibre ou naipe. Nossos vícios sejam eles quais forem receberão o contributo do mundo espiritual. No sexo não há exceção, o sexólotra atrairá espíritos também sexólotras ou piores. O passado reencarnatório também terá grande peso. Hoje o efeito, ontem a causa e o amanhã dependerá do presente. Mas no presente somos responsáveis por nossas escolhas, nosso senso crítico de avaliar o que é moral do que não é; podemos nos redimir do passado modificando no presente nossas más inclinações, reconhecer nossos erros é nosso primeiro passo, o segundo é a reparação deixando de fazer aquilo que nos prejudica, fazendo o que não foi feito e alterando nossa conduta. Jesus ensinou “conhecereis a verdade e ela vos libertará”. E é nesse autoconhecimento que vamos olhar para dentro de si mesmo. Então surge o arrependimento, a luz brilha em nosso caminho, soou o nosso despertar, despertar para a realidade da vida, para suas reais necessidades.

E nesse capítulo das obsessões existe ainda aquela que visa reencarnação, as de interesse. Espíritos desejosos de reencarnar dependendo da sua moralidade irão criar embaraços em nossa vida chegando ao pondo de se transformarem em obsessores empedernidos, insistentes, que criarão ilusões e falsas necessidades em nossa mente objetivando seu retorno ao mundo físico e muitos deles causarão dor e sofrimento. Se utilizando das mesmas técnicas da obsessão, usando outros espíritos para facilitar o processo.

Vejamos um trecho do livro Vida e Sexo de Emmanuel:

“E que os  filhos  jamais  acusem os pais  pelo  curso  complexo ou difícil  em que  se  vejam no  colégio  da  existência  humana, porquanto,  na  maioria  das  ocasiões,  foram eles  mesmos,  os  filhos,  que,  na  condição de Espíritos desencarnados,  insistiram com os pais, através de afetuoso constrangimento ou suave processo obsessivo, para que os trouxessem, de novo,  à oficina de valores físicos, de  cujos  instrumentos se  mostravam  carecedores,  a  fim  de  seguirem  rumo  correto,  no encalço da própria emancipação.”

Por esse motivo, não descuidemos da razão, do nosso livre arbítrio, vigiemos, seremos responsáveis pelas escolhas que façamos e tenhamos cuidado com nossos desejos, pois muitos deles podem não passar de simples inspiração espiritual. Em nossa consciência temos gravadas as leis de Deus, façamos um balanço geral de nossa vida e vejamos se o ‘que queremos é necessidade mesmo’. Nossa consciência jamais irá nos enganar, quando não estamos movidos pelos desejos animalizantes, pela cobiça, pela posse, pelo poder, pelas paixões humanas enfim, sempre nos revelará o melhor caminho.

Confiemos em Deus, em sua infinita misericórdia e sejamos conscientes do que estamos fazendo de nossas vidas. Jesus ensinou “buscai e achareis, batei e se vos abrirá”. Então que busquemos o melhor caminho para nossas vidas, que manejemos com cuidado o timão do barco da vida, pois haverá tempestades, ondas violentas que tentarão naufragar-nos.

Seremos sim responsáveis por nossas escolhas e colheremos os frutos da semeadura.

A obsessão sexual tem cura que começa na mente do obsidiado, em sua mudança para melhor.