sábado, 12 de julho de 2014

Obsessão e doença mental



Alex Leonardo

“A obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas e reclama, por vezes, tratamento simultâneo ou consecutivo, quer magnético, quer médico, para restabelecer a saúde do organismo. Destruída a causa, resta combater os efeitos.”

No trecho acima destacado de o evangelho segundo o espiritismo, Allan Kardec esclarece que a obsessão pode sim levar um obsesso a desorganização psíquica, e leva mesmo. Observamos muitos casos de pessoas que apresentam um quadro clínico como consequência do agravamento de uma obsessão e na maioria das vezes as pessoas nem se dão conta disso.

Mais uma vez a importância de se difundir o conhecimento espírita, a lei da reencarnação que nos informa da continuidade da vida, que existe um passado e que o nosso presente é resultado do comportamento que mantivemos em outras vidas, das resoluções tomadas antes de reencarnar.

O conhecimento do espiritismo nos forrará de informações que explicam as razões de certas dificuldades que enfrentamos na vida, da necessidade de nos evangelizarmos, de mudar comportamentos viciosos que servem como tomadas para a instalação desses processos obsessivos.

A obsessão prolongada e insistente desorganiza as ligações neuronais desencadeando em desequilíbrio do pensamento. O que antes era só obsessão passa a ser também doença mental que necessitará de tratamento médico. O uso de medicação para reorganizar as funções psíquicas passa a ser essencial para o reequilíbrio.

Para quem é espírita o importante é não achar que se trata somente de obsessão, num grau como o mencionado nesse texto, e que só os passes, a água fluidificada, a desobsessão, a mudança de comportamento para melhor irão resolver todo o problema. O organismo físico foi afetado, houve consequências físicas e o tratamento médico se torna indispensável para recuperar as funções normais do cérebro.

No caso de alguém que não detenha o conhecimento espírita, é necessário não limitar o problema apenas como doença mental; que na maioria das vezes há sempre um componente espiritual, e que é preciso fazer tratamento simultâneo de preferência numa casa espírita séria.

Não relutar contra nenhum dos tratamentos, o espiritual e o médico, e se conscientizar da necessidade dos dois é essencial. O tempo e a dedicação do necessitado o ajudarão para diminuir os efeitos funestos, melhorar a saúde e chegar numa possível cura completa.

Ter fé em Deus, em sua justiça e misericórdia, orar, fazer leituras edificantes e se dedicar ao bem serão fundamentais para recuperar o paciente enfermo.

Compreender pela luz do espiritismo que existem casos irreversíveis; uns pelos descasos e descuidos, outros como expiação pelo passado de delitos. Em todas as situações a terapia espírita sempre irá beneficiar o paciente, seja proporcionando alívio ou evitando arrastamentos mais dolorosos que complicariam mais ainda a vida do espírito reencarnado.

O envolvimento da família também é muito positivo no sentido de acolher esse paciente para motiva-lo e participar dessa experiência dolorosa.


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