Tema da semana
Pecado por pensamento. Adultério
De 17/11/2014 a 23/11/2014
Emmanuel
Atire-lhe a primeira
pedra aquele que estiver isento de pecado, disse Jesus.
Esta sentença faz da
indulgência um dever para nós outros porque ninguém há que não necessite,
para si próprio, de indulgência.
Ela nos ensina que
não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós
mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos.
Antes de profligarmos
a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.
Do
item 13, do Cap. X, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
É curioso notar que
Jesus, em se tratando de faltas e quedas, nos domínios do espírito, haja
escolhido aquela da mulher, em falhas do sexo, para pronunciar a sua inolvidável
sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".
Dir-se-ia que no rol das
defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se
mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja
escapado, no cardume das existências consecutivas, aos chamados "erros
do amor".
Penetre cada um de nós
os recessos da própria alma, e, se consegue apresentar comportamento
irrepreensível, no imediatismo da vida prática, ante os dias que correm,
indague-se, com sinceridade, quanto às próprias tendências.
Quem não haja varado
transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se
encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em
sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de
conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.
Desses embates
multimilenares, restam, ainda, por feridas sangrentas no organismo da
coletividade, o adultério que, de futuro, será classificado na patologia das
doenças da alma, extinguindo-se, por fim, com remédio adequado, e a
prostituição que reúne em si homens e mulheres que se entregam às relações
sexuais, mediante paga, estabelecendo mercados afetivos.
Qual ocorre aos flagelos
da guerra, da pirataria, da violência homicida e da escravidão que acompanham
a comunidade terrestre, há milênios, diluindo-se, muito pouco a pouco, o
adultério e a prostituição ainda permanecem, na Terra, por instrumentos de
prova e expiação, destinados naturalmente a desaparecer, na equação dos
direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso, na
balança do progresso e da vida.
Note-se que o lenocínio
de hoje, conquanto situado fora da lei, é o herdeiro dos bordéis autorizados
por regulamentação oficial, em muitas regiões, como sucedia notadamente na
Grécia e na Roma antigas, em que os estabelecimentos dessa natureza eram
constantemente nutridos por levas de jovens mulheres orientais, direta ou
indiretamente adquiridas, à feição de alimárias, para misteres de aluguel.
Tantos foram os
desvarios dos Espíritos em evolução no Planeta – Espíritos entre os quais
muito raros de nós, os companheiros da Terra, não nos achamos incluídos - que
decerto Jesus, personalizando na mulher sofredora a família humana, pronunciou
a inesquecível sentença, convocando os homens, supostamente puros em matéria
de sexualidade, a lançarem sobre a companheira infeliz a primeira pedra.
Evidentemente, o mundo
avança para mais elevadas condições de existência.
Fenômenos de transição
explodem aqui e ali, comunicando renovação.
E, com semelhantes
ocorrências, surge para as nações o problema da educação espiritual, para que
a educação do sexo não se faça irrisão com palavras brilhantes mascarando a
licenciosidade.
Quando cada criatura for
respeitada em seu foro íntimo, para que o amor se consagre por vínculo
divino, muito mais de alma para alma que de corpo para corpo, com a dignidade
do trabalho e do aperfeiçoamento pessoal luzindo na presença de cada uma,
então os conceitos de adultério e prostituição se farão distanciados do
cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada
desventura afetiva não terá razão de ser.
Psicografia : Francisco Cândido
Xavier Livro : Vida e Sexo
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[...]
O homem pode ser enquadrado como adúltero,
não
apenas quando desrespeita os compromissos conjugais,
mas
também quando alimenta o desejo de fazê-lo, cobiçando outra mulher.
Referência: SIMONETTI, Richard. A
voz do monte.
7a ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2003. – O quarto mandamento
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