Joanna
de Ângelis
(Mateus capítulo 22º,
versículos 1 a 14)
Mesmo hoje é assim...
Atônitas, as multidões
procuram a diretriz do reino dos céus; não obstante, engalfinham-se nas hórridas
lutas pela posse da Terra.
Fascinam-se com as narrativas
evangélicas e comovem-se ante os padecimentos do Senhor quando lêem a Sua vida;
todavia não se resolvem seguir em definitivo os roteiros iluminativos, por meio
dos quais os valores humanos mudam de expressão.
Examinando, igualmente,
o comportamento de muitos companheiros de lides, verificarás que a parábola expressiva
do Senhor mantém-se em plena atualidade para eles também.
Depois de experimentarem
o contato com as legitimidades do espírito, sentem-se dominados pelo desejo sincero
de espraiarem as certezas que a Boa Nova lhes oferece. Entretanto, aos primeiros
impedimentos e problemas, perfeitamente consentâneos com a posição evolutiva que
os caracteriza, reagem, dizendo-se descrentes, atormentam-se e debandam.
Acreditam que são credores
de especiais concessões, tendo em vista haverem recebido o convite para o banquete
na corte do Grande Rei e o terem aceito com demonstrações de vivo entusiasmo...
Não lhes acode, porém,
ao discernimento, que para qualquer solenidade se faz indispensável compostura própria,
traje adequado.
Tais são as ações nobilitantes
que conferem investidura e insígnias para o comparecimento ao ágape real.
Por isso, as multidões
esfaimadas de amor e sabedoria ainda não se resolveram fartar-se nos celeiros
sublimes da Revelação Espírita ora ao alcance
de todos, demorando-se em contínua aflição.
Buscando os tesouros do
espírito, disputam, aguerridamente, as posses que os “ladrões roubam, as traças
roem e a ferrugem gasta...”
*
Já que recebeste o chamado
para a transformação moral ao alento da luz espírita que te aclara os dédalos do
mundo interior, não titubeies. Estuga o passo na senda habitual e reflete, deixando-te
permear pelas lições de esperança e renovação com que te armarás para os combates.
ásperos contra os severos adversários que a quase todos vencem: o egoísmo, o orgulho,
a ira, o ciúme e seus sequazes, ensinando pelo exemplo fraternidade e amor.
Não te preocupes pelo
proselitismo como pelo arrastamento das multidões à fé que te comove.
Recorda-te de Jesus que
não veio para compactuar com as comezinhas paixões nem tão pouco para agradar os
campeões da insensatez — maneira segura de conseguir simpatizantes e adeptos — antes
para inaugurar o principado da felicidade ao qual são “muitos chamados”, porém poucos
escolhidos”.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro Leis Morais da Vida
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