ESTUDO DA MEDIUNIDADE
Joanna
de Ângelis
“Todas as imperfeições
morais são tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A quem, porém, eles exploram com mais habilidade é
o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa
a si mesma. O
orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades
e que, se não fora essa imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis, ao passo que presas de Espíritos mentirosos,
suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e mais de um se viu humilhado por amaríssimas decepções.”
O LIVRO DOS MÉDIUNS 2ª parte, Capítulo 20º — Item 228.
Sim, gostarias de contribuir.
Almejas cooperar na seara dos médiuns e com satisfação nomeias os dons de que eles são investidos.
Este vê as Entidades angélicas e deslumbra-se com a percepção visual
dilatada.
Esse ouve as mensagens transcendentes e renova-se para as tarefas difíceis da existência.
Essoutro incorpora Instrutores lúcidos e transforma a boca em instrumento
sublime de orientação e consolo.
Aquele escreve em circunstâncias especiais, e as mãos se convertem em
raios de luz a esparzirem páginas sublimes.
Aqueloutro aplica recursos magnéticos e a saúde escorre pelos seus dedos revigorando a todos.
Outro mais, inspirado pelas Altas-Potestades, injeta alento novo nos corações, traçando roteiros abençoados para o mundo.
Mais outro e outros tantos materializam, levitam, desdobram-se, realizam intervenções cirúrgicas em pleno transe, construindo a fé nos corações.
Assim pensas, assim crês.
Mas não são exatas as tuas conclusões.
Muitos beneficiários da mediunidade desertam da seara do dever.
Mediunidade não é apenas campo experimental com laboratório de
fórmulas mágicas. É solo de serviço edificante tendo por base de trabalho o sacrifício e a renúncia pessoal.
Médiuns prodígios sempre os houve na Humanidade. Também passaram inúteis como aves de bela plumagem que o tempo destruiu e desconsiderou.
Com o Espiritismo, que fez renascer o Cristianismo puro, somos
informados da mediunidade-serviço-santificante e com essa bênção descobrimos a honra de ajudar.
Não te empolgues apenas com as notícias dos Mundos Felizes.
Há muita dor em volta de ti, e até atingires as Esferas Sublimes há muito que fazer.
Almas doentes em ambos os planos enxameiam em volta da
mediunidade.
Dedicando-te à seara mediúnica não esqueças de que todos os começos são difíceis e de que a visão colorida e bela somente surge em toda a sua
grandeza aos olhos que se acostumaram às paisagens aflitivas onde o sofrimento fez morada...
Para que os Mentores Espirituais possam utilizar-te mais firmemente faz-
se necessário conhecer tua capacidade de serviço em favor dos semelhantes.
Antes de pretenderes ser instrumento dos desencarnados
acostuma-te a
ser
portador
da luz clara da esperança
onde estejas e com quem estejas, para
que ela em se apagando no teu archote não se faça “sombra na sombra”.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro “Espírito e Vida”
Quando a mentora fala em "sacrifício" e "renúncia pessoal", temos a imagem da base do trabalho mediúnico. Quer demonstrar com isso que não é fácil ser médium e que há um preço a se pagar logo no início.
ResponderExcluirSobre os "médiuns prodígios" eu entendi que são aquelas pessoas dotadas de boa aparelhagem, belos fenômenos, mas que são inúteis a causa do bem. Sua mediunidade é para exibição e não para o serviço com todos.
Ela fala que o espiritismo veio dar uma razão de ser para a mediunidade quando a chama de "serviço santificante". Fala também que até se chegar ao nível das esferas sublimes a dor que está ao nosso redor nos convida para o trabalho mais imediato. As "almas doentes que estão em volta da mediunidade".
Que no início vamos está em contado com as dores; as dificuldades que a mediunidade requer em seu desenvolvimento.
E fala que antes de sermos "instrumentos dos desencarnados" que tragamos e distribuamos a esperança onde estivermos e com quem estivermos.