terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Presença do codificador

Tema da semana
“Deixai aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos”
De 15/12/2014 a 21/12/2014
  

Allan Kardec

7– E a outro disse Jesus: Segue-me. E ele lhe disse: Senhor, permite-me que vá eu primeiro enterrar meu pai. E Jesus lhe respondeu: Deixa que os mortos enterrem os seus mortos, e tu vai e anuncia o Reino de Deus. (Lucas, IX: 59-60).

8 – O que podem significar estas palavras: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos”? As considerações precedentes já nos mostraram, antes de tudo, que, na circunstância em que foram pronunciadas, não podiam exprimir uma censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar o pai. Mas elas encerram um sentido mais profundo, que só um conhecimento mais completo da vida espiritual pode fazer compreender.

A vida espiritual é, realmente, a verdadeira vida, a vida normal do Espírito. Sua existência terrena é transitória e passageira, uma espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da vida espiritual. O corpo: é uma vestimenta grosseira, que envolve temporariamente o Espírito, verdadeira cadeia que o prende à gleba terrena, e da qual ele se sente feliz em libertar-se. O respeito que temos pelos mortos não se refere à matéria, mas, através da lembrança, ao Espírito ausente. É semelhante ao que temos pelos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou em vida, e que guardamos como relíquias. Era isso que aquele homem não podia compreender por si mesmo. Jesus lho ensinou; dizendo: Não vos inquieteis com o corpo, mas pensai antes no Espírito; ide pregar o Reino de Deus: ide dizer aos homens que a sua pátria não se concentra na Terra, mas no Céu, porque somente lá é que se vive a verdadeira vida.

A morte é apenas a destruição do envoltório corporal,
que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida,
conservando, porém, seu corpo fluídico ou perispírito.
Referência: KARDEC, Allan. O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos. 52a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 2, it. 12


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