Tema da semana
Perseguidores
De 19/01/2015 a 25/01/2015
Joanna
de Ângelis
Cerco de longo curso, a pouco e pouco a obsessão logra pequenos êxitos que se transformam em
áreas conquistadas na mente, até o momento de estabelecer-se
em definitivo.
Sutil, às vezes, mas, pertinazmente, a ideia infeliz se vai fixando e
substituindo as imagens otimistas que desaparecem, cedendo
lugar que se converte em campo de sombras. Ciúme aqui, inveja ali, ira adiante,
formam o triângulo dominador que faz soçobrarem os melhores esquemas de equilíbrio por aceitação da invigilância.
De quando em quando,
irrompe em crise que passa, deixando, porém, lamentáveis vestígios, como desgaste emocional,
cansaço físico e mental
improcedentes, amargura ou
excitação.
Repetindo-se com
frequência, substitui os períodos
de paz pelos da inquietação, sendo os estágios
de harmonia breves pausas, no tumulto da quase permanente insatisfação e irascibilidade.
Nem sempre a
obsessão se
instala de chofre. Quando tal ocorre, o processo
de fixação tem procedência em
larga
faixa de tempo, conseguida
imperceptivelmente.
Mentes
comungam com mentes que se lhes assemelham. Espíritos sintonizam com
espíritos que lhes são afins. Pessoas sincronizam
com
pessoas em quem se comprazem.
Quando
se
cultiva azedume e se dá guarida a suspeitas, ocorrem colheitas de desespero como de infelicidade.
Justo recorrer-se à terapêutica preventiva, quanto possível,
e, percebendo-se
instaladas
as matrizes obsessivas,
mister desdobrarem-se
sérios esforços, pois o problema urge na sua gravidade, exigindo procedimento de largo
porte e imediata decisão. Enfermidade perigosa,
a obsessão gera desgovernos
lastimáveis e dores
lancinantes, difíceis de serem catalogados ou descritos...
As vidas passadas reaparecem
na presente, em expressões várias,
como através
daqueles que deixaste na
retaguarda, graças
ao mau caráter que te era peculiar. Ressurgem como cobradores, os que foram tuas vítimas. Conhecem-te como és e não como desejas ser. Por isso, não creem
nos teus
propósitos, senão quando os testificas por meio de honestas atitudes
superiores a que te afervoras e cujos propósitos vitalizas.
São pertinazes os fomentadores das
obsessões. Conquista-os, através das
ações elevadas. Não dês guarida,
desse modo, às impressões
nefandas no recesso do teu espírito. Reage com todas as
forças à maledicência, à inveja,
ao ciúme,
à ambição, às
paixões, em suma, perturbadoras. Policia a língua nos momentos infelizes a fim de que não te arrependas tardiamente. Simpatia e
cordialidade são construções laboriosas.
Distonia e perturbação, ao inverso, têm origem
no passado propagam-se e fixam-se facilmente.
Não titubeies, nem te
permitas desaires. Convocado ao
trabalho renovador da própria redenção, encara o compromisso assumido, deixa à margem melindres, facécias, ilusões e avança para Jesus,
em definitivo, reparando erros, reconquistando posição e perseverando otimista, sempre leal ao bem, até o fim.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro “Celeiro de Bênçãos”
OBSESSÃO NO ALÉM
Cornélio
Pires
(…)
Obsessão, meu amigo,
Traçada em linhas gerais,
É sempre desequilíbrio
No apego quando é demais.
(…)
“CONVERSA FIRME”, de Francisco Cândido
Xavier
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