Tema da semana
Expiação
De 20/04/2015 a 26/04/2015
Joanna
de Ângelis
Derreados e vencidos
pelas constrições dos sofrimentos excruciantes, parecem abandonados... Cegos carregando
a surdez e silenciados no impedimento da palavra, dão a impressão de con-
denados... Paralíticos em deplorável conjuntura, sob o constrangimento de
limites que o camartelo do destino impôs, antes que os membros se
movimentassem... Alienados que transitam por paisagens tristes e tormentosas,
sem esperança, em alucinações indizíveis... Criaturas com distrofias de várias
formas e doenças de muitos nomes sob o implacável jugo do sofrimento, como se
estivessem esquecidas... Angústias e distonias, incapacidades e distúrbios,
histerismo e misérias múltiplas, dizimando vítimas inermes que lhes caem nas
malhas, em contínuo, espraiando-se entre os homens...
E tantos outros
processos regenerativos, em nome da Legislação Superior, fazem os trânsfugas e
infratores expiarem, através do cadinho da carne, os incontáveis crimes a que
se entregaram, infrenes. Recomeçam na linha da agonia que sofrem, em decorrência
da impiedade que impuseram.
Refazem o caminho
sobre os pélagos que eriçaram nas águas da existência planetária. Não estão,
porém, à mercê do abandono, mas sob a assistência corretiva da Justiça.
O fruto podre
reproduz a planta mediante a semente sadia aproveitada. A água lodosa recupera
a limpidez no filtro que a purifica. Brilha a pedra sob o buril lapidador.
Modela-se o ferro, em brasa viva, ante a ação contínua do malho e da bigorna.
Fracassando na prova
escolhida, retorna o calceta pela expiação remissora. O suicida rebelde
recomeça com a agonia a que se impôs levianamente e de que se desejava liberar...
O homicida covarde retorna sob as
dilacerações que produziu
na vida que tomou nas mãos criminosas...
Cada agressor, desta
ou daquela natureza, todo burlador reiterado da verdade, volve ao palco da
ilusão carnal, em condição carcerária para refletir e recuperar, preparando, na
masmorra que elaborou para o próprio insulamento, os futuros dias claros de
esperança e ação relevante que virão.
Diante deles, os
irmãos que expiam, reflete e refaze tuas atitudes, aproveitando o ensejo de que
dispões para a elaboração dos felizes dias porvindouros. Se expias, agradece a
Deus e confia no amanhã. Como são bem-aventurados os justos e os bons, os piedosos
e os mansos, os misericordiosos e os pacíficos, também o são aqueles que se
recuperam, sob a sujeição divina, sem revoltas nem mágoas, começando desde
agora a libertação que anseiam e por que lutam.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro “Celeiro de Bênçãos”
EXPIAÇÃO E
REENCARNAÇÃO
Cornélio Pires
Pedimos o dom da dor
Que ninguém acolhe em
vão
Por guia da própria
vida,
No rumo da perfeição.
Dois grupos que
assassinavam
Com fogo em carros na
estrada,
Faleceram noutro
corpo
Numa loja incendiada.
Desastres,
calamidades,
Dos quais a lei não
se priva,
Constituem pagamento
Em provação coletiva.
Por Zena, João matou
Nico
E desposou-a
depois...
Mas Nico voltou a
eles
É o caçula deles
dois.
Inimigo do passado
Perseguia Gabriela.
No ajuste das
próprias contas
Ele agora é filho
dela.
Livro Coisas deste
Mundo
Psicografia Chico
Xavier
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