Tema da semana
“Não vades aos gentios”
de 27/07/2015 a 02/08/2015
Momento
Espírita
Vários são os relatos de sonhos nos quais os
homens travaram contato com os Espíritos Superiores, recolhendo, dessa forma,
preciosos ensinamentos.
Eurípedes Barsanulfo, abnegado trabalhador do
Cristo, certa noite, enquanto seu corpo físico repousava através de sono
reparador, viu-se transportado em Espírito, a uma região distante da Terra.
Sentia-se conduzido por braços intangíveis à
vasta campina verdejante.
Um lugar de aspecto agradável, onde se podia
ouvir constante melodia no ar, e onde a brisa espalhava suave perfume de flores
silvestres.
Deteve-se por alguns instantes a contemplar
aquela paisagem desconhecida e, ao mesmo tempo, extremamente envolvente quando
avistou, ao longe, um homem que meditava, envolvido por sublime luz.
Atraído pelo desconhecido, aproximou-se...
Mas, ao chegar mais perto deteve-se trêmulo...
Algo lhe dizia, no íntimo, para que não
avançasse mais...
E, num deslumbramento de júbilo, reconheceu-se
na presença do Cristo.
Baixou a cabeça, constrangido pela honra
inesperada, e ficou em silêncio, sentindo-se incapaz de voltar ou seguir
adiante.
Recordou, instintivamente, as lições do Sublime
Galileu, os templos do mundo, as homenagens prestadas ao Senhor, na literatura
e nas artes, e a mensagem
Dele a ecoar entre os homens, há mais de vinte
séculos...
Ofuscado pela grandeza do momento, começou a
chorar...
Grossas lágrimas banhavam-lhe o rosto, quando
adquiriu coragem e levantou os olhos, humilde...
Ousou olhar nos olhos do Mestre, e percebeu que
Jesus também chorava...
Tomado de profundo sofrimento por lhe ver o
pranto, desejou fazer algo que pudesse reconfortar o Amigo sublime...
Afagar-lhe as mãos, beijá-las num gesto de
extremo reconhecimento pelo Seu amor, jogar-se aos Seus pés...
Mas estava como que chumbado ao solo, sem
forças para dar um passo à frente.
Pensou, no entanto, que os responsáveis pelas
lágrimas do Cristo fossem as criaturas que, até hoje, na Terra, lhe atiram
incompreensão e sarcasmo, ignorando Seus sublimes ensinamentos.
E, nessa linha de pensamento, não se conteve.
Abriu a boca e falou suplicante:
Senhor, por que choras?
O interpelado nada respondeu.
Desejando certificar-se de que estava sendo
ouvido, Eurípedes perguntou outra vez:
Acaso choras pelos descrentes do mundo, Senhor?
O Mestre olhou-o demoradamente e depois
respondeu com voz compassiva e doce:
Não, meu filho, não sofro pelos descrentes aos
quais devemos amar. Choro por todos os que conhecem o Evangelho, mas não o
praticam...
Eurípedes não saberia descrever os sentimentos
que lhe invadiram a alma naquele momento.
E, como se caísse em profunda sombra, ante a
dor que a resposta lhe trouxera, desceu, desceu... E acordou no corpo físico.
Era madrugada. Não conseguiu mais conciliar o
sono e levantou-se.
Desde aquele dia, sem comunicar a ninguém a
divina revelação que lhe vibrava na consciência, entregou-se, como professor
que era, aos labores da educação, dedicando-se aos alunos como se fossem seus
filhos.
Atendeu aos doentes e aos necessitados de toda
ordem, sem descanso, em nome do Cristo, a quem passou a seguir com mais
fidelidade.
Redação do Momento
Espírita, com base no cap. 27,do livro A
vida escreve, pelo Espírito Hilário Silva, psicografia de Francisco
Cândido Xavier r e Waldo Vieira, ed. FEB.
Em 18.7.2013.
vida escreve, pelo Espírito Hilário Silva, psicografia de Francisco
Cândido Xavier r e Waldo Vieira, ed. FEB.
Em 18.7.2013.
[...] O Cristianismo é o arauto da Lei Divina
que se cumpre através dos tempos, pela eternidade em fora.
Referência: THIESEN, Francisco. (Comp.) No oásis
de Ismael: ensinos e meditações. Rio de Janeiro: FEB, 1989. - pt. 3, cap. 19
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